Cruzeiro
None

CRUZEIRO

Agonia e alívio

Depois de desperdiçar várias chances, Cruzeiro sofre gol do Palmeiras no fim, mas consegue evitar o desastre completo nos acréscimos, salvando um pontinho no Mineirão

postado em 23/10/2014 10:00 / atualizado em 23/10/2014 09:04

Paulo Galvão /Estado de Minas

RODRIGO CLEMENTE / EM DA PRESS
Futebol é fantástico por isso, nem sempre dá a lógica. Nosso time fez uma grande partida, foi melhor o jogo todo, mas o Palmeiras valorizou, soube se defender. O importante foi termos pontuado.” A frase do atacante Dagoberto, autor do gol celeste aos 47min da etapa final, resume bem o que foi o empate por 1 a 1 entre Cruzeiro e Palmeiras, na noite de ontem, no Mineirão. O time celeste teve mais posse de bola, criou mais chances, mas esbarrou em grande atuação do goleiro Fernando Prass, na retranca palmeirense e em seus próprios erros. Por pouco não saiu derrotado, depois de ver o adversário abrir o marcador aos 43min do segundo tempo.

Apesar do sufoco, a Raposa segue tranquila na liderança do Campeonato Brasileiro, a oito rodadas do fim, já que foi beneficiada pelos outros resultados da noite – especialmente os tropeços de São Paulo e Internacional . O próximo compromisso será no sábado, às 16h20, contra o Figueirense, em Florianópolis. Já na semana que vem, a equipe azul volta ao Gigante da Pampulha para enfrentar o Santos, no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil.

A expectativa é de que nas próximas partidas a formação titular do Cruzeiro tenha de volta a dupla de armadores Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro, que é o motor do time. Ontem, mesmo recuperado de lesão na coxa esquerda, Goulart começou no banco. Já Éverton Ribeiro (que recebeu placa por completar 100 jogos com a camisa celeste) tentou comandar a pressão da Raposa, que com cinco minutos já havia chegado três vezes ao gol adversário, sem obrigar, no entanto, Fernando Prass a trabalhar.

Aos 20min, o goleiro palmeirense não só foi muito bem como contou com a sorte – depois de cruzamento de Éverton Ribeiro da direita, Marcelo Moreno acertou a trave. Na sequência, Marquinhos tentou a primeira vez e o goleiro rebateu. No segundo chute à queima-roupa do camisa 34, Fernando Prass pegou firme. O time celeste chegou a marcar com Egídio, aos 37min, mas o árbitro Péricles Bassols, do Rio, assinalou toque de mão do lateral. Pouco depois, o técnico Marcelo Oliveira precisou mexer no time, colocando Ricardo Goulart no lugar de Alisson, que reclamou de contusão na coxa esquerda.

Na volta para o intervalo, Willian substituiu Marquinhos. Assim, o trio que fez sucesso no ano passado deu ainda mais força ofensiva à equipe. A partir dos 20min, no entanto, o Cruzeiro diminuiu o ritmo e os visitantes aproveitaram para intensificar a busca pelo gol.

FIM DRAMÁTICO Cinco minutos depois, Nathan, ao tentar desviar cruzamento de Egídio, quase marcou contra a meta alviverde. Aos 33min o time celeste também ficou perto de balançar a rede, em boa jogada que acabou com conclusão de dentro da área de Ricardo Goulart, defendida por Fernando Prass.

O drama da torcida celeste aumentou aos 38min, quando o atacante Henrique invadiu a área pela esquerda e chutou na saída de Fábio. A bola bateu na trave e esbarrou em Egídio, que mesmo desequilibrado conseguiu evitar que ela entrasse, já em cima da linha. Aos 43, o pesadelo se tornou realidade, quando Mouche foi preciso e pôs o time palmeirense na frente. No apagar das luzes, Dagoberto apareceu para salvar a Raposa, pegando o rebote depois de chute de Willian, que Fernando Prass não segurou. A China Azul, então, respirou um pouco mais aliviada.

Cruzeiro 1 x 1 Palmeiras
Cruzeiro: Fábio; Mayke, Dedé, Leo e Egídio; Lucas Silva, Henrique (Dagoberto 29 do 2º), Marquinhos (Willian, intervalo), Éverton Ribeiro e Alisson (Ricardo Goulart 38 do 1º); Marcelo Moreno
Técnico: Marcelo Oliveira
Palmeiras: Fernando Prass; João Pedro, Tobio, Nathan e Juninho; Renato, Victor Luís, Wesley (Bruninho 20 do 2º) e Mazinho (Mouche 37 do 2º); Bernardo (Felipe Menezes 35 do 2º) e Henrique
Técnico: Dorival Júnior
Estádio: Mineirão
Gols: Mouche 43 e Dagoberto 47 do 2º
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (RJ)
Assistentes: Rodrigo Henrique Corrêa e Luiz Cláudio Regazone (RJ)
Cartão amarelo: Bernardo, João Pedro, Juninho e Egídio
Pagantes: 26.944
Renda: R$ 1.222.208