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Cruzeiro confirma despedida de Alex no Mineirão com reunião de grandes ídolos do passado

Partida de despedida será realizada no dia 27 de junho (sábado), às 15h, no Mineirão

postado em 29/05/2015 14:03 / atualizado em 29/05/2015 17:17

Paulo Filgueiras / EM DA PRESS

O reencontro do ídolo Alex com os cruzeirenses já tem data confirmada para ocorrer. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, na Toca da Raposa II, o ex-jogador e a diretoria do Cruzeiro confirmaram a partida de despedida do capitão da "Tríplice Coroa" para o dia 27 de junho (sábado), às 15h, no Mineirão. Os preços dos ingressos ainda não foram definidos.

Lendas que marcaram a história do Cruzeiro estarão em campo. Segundo informou a organização, os dois times serão formados por ídolos celestes. Alex pretende contar com as presenças dos amigos pessoais Tostão II e Boiadeiro, entre outros. O Tostão dos anos 60 também será convidado. “Dirceu, eu queria que estivesse aqui hoje (sexta-feira). Ele não pôde participar por problema de saúde. Ele não deve poder jogar, o que é uma tristeza. Faço questão que o Tostão jogue, é meu amigo pessoal. Outro é o Marco Antônio Boiadeiro, que deve jogar”, afirmou.

Segundo o diretor de marketing do Cruzeiro, Marcone Barbosa, todos os espaços do Mineirão serão abertos para a despedida de Alex, inclusive os setores da Minas Arena.

“O evento acontecerá no dia 27 de junho, às 3h da tarde (15h), no Mineirão, véspera de um jogo fora de casa no Brasileiro. Vamos abrir todo o anel inferior, a parte superior também será aberta. Teremos ingressos disponibilizados. Para lotar o estádio, sabemos que o ingresso é importante. Ainda definiremos preço dos ingressos, com possibilidade ainda de ingressos não serem comercializados. Isso dependerá de um pacote que vamos montar para atrair patrocinadores. Podemos até ter preço de ingresso simbólico. Todos os jogadores devem chegar a BH na quinta antecedente ao jogo, ou na sexta-feira. Traremos jogadores que marcaram época no futebol brasileiro. Alguns já confirmaram presença”, disse.

Além do craque Alex e do diretor de marketing do Cruzeiro, participaram da coletiva o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, o goleiro Gomes e o ex-jogador Nonato.
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Confira os principais trechos da entrevista de Alex

Convite para jogar a Libertadores 2015

“Tomei a decisão de parar de jogar em maio do ano passado. Em dezembro, era uma situação bem resolvida. Poderia jogar um pouco, mas nunca fiz nada pela metade. Só queria fazer uma lembrança. O torcedor, talvez, tenha cobrado a diretoria sobre esse tipo de jogo, perguntando por que o Palmeiras fez antes. Tenho de voltar um pouco, para que fique bem claro. Iniciei uma conversa com o departamento de marketing do Cruzeiro em outubro do passado, quando tinha possibilidade de repensar a minha carreira e poderia jogar nos Estados Unidos. Quando decidi não ir aos Estados Unidos, havia problema com o Mineirão, problema com o gramado. Naquele momento, Gilvan queria que eu ajudasse o Cruzeiro no Mineiro e na Libertadores. A cobrança do torcedor nesse sentido é injusta. Isso ficou para trás e agora haverá um reencontro fantástico. Ao meu lado, tenho um privilegiado (Gomes) que assistia lá de trás”


Despedida será uma grande festa

“Agradeço ao Gilvan pela tentativa de me contratar e por me dar a oportunidade de voltar ao Mineirão. Se hoje vi o Gomes e fiquei emocionado, imagine a emoção em ver tantas figuras que participaram naquele ano. Será uma linda festa, da grandeza do clube”


Vanderlei Luxemburgo será convidado

“Todos que participaram em 2003 serão convidados. Vanderlei está desempregado. Temos de ver tabela do time, se ele for contratado até lá. O convite existirá para todos. O Vanderlei está convidado, porque foi comandante daquele time”


Alex conta bastidores de sua passagem pelo Cruzeiro em 2003

“Hoje tenho uma filha de 11 anos porque joguei no Cruzeiro. Minha mulher teve de fazer tratamento grande, que Vanderlei e diretoria permitiram. Vanderlei mentia para vocês para eu poder viajar. Minha esposa precisou fazer esse tratamento e eu tive de me ausentar várias vezes. Na Vila Belmiro, contra o Santos, só cheguei para jogar, não concentrei. Minha relação com o Cruzeiro é muito forte”

“Sábado de manhã, o Vanderlei fazia um encontro. Era um ambiente muito legal. Claro que facilitava, por poucas derrotas. Mas, foi melhor ambiente em que já joguei. Esse pessoal mais velho frequentava nosso ambiente. O jogo contra o Fluminense, quem entregou as faixas foi o time de 1966”

“Quando tocamos 4 no São Paulo no Morumbi, o que não é normal. Não era um São Paulo qualquer. Jogamos no natural e fizemos 4. No Couto Pereira, tocamos 4. Na Arena da Baixada, tocamos 5. Na Vila Belmiro, demos chocolate no Santos. O jogo que me chamou atenção foi o segundo do Brasileiro, contra o São Paulo. Vínhamos de jogo ruim contra São Caetano. Fomos ao Morumbi e tocamos 4, o que foi pouco. Ali, entendemos que era time para fazer história. Era molecada que queria muito. Fora de campo, eles se divertiam muito. Aqui dentro, trabalhavam demais. E tinha desejo do cruzeirense que era grande. O Cruzeiro era muito mais vitorioso e o atleticano batia no peito sobre o Brasileiro de 1971. Eu sentia que afetava o cruzeirense. Os jogadores formados aqui sentiam esse golpe. O Cruzeiro vinha passando perto e não conseguia. A intensidade daquele time era muito grande”.

Lembranças

“Acredito que nasci para vida nova. Joguei futebol desde os 9 anos. Trato o jogo mais da parte emotiva do que futebol. Eu me emociono com as histórias que tivemos. Gomes era um menino de 20 anos. Essas lembranças mexem mais. E há a oportunidade de voltar ao Mineirão e vestir a camisa do Cruzeiro. É uma oportunidade única. No jogo em si, vamos fazer uma festa, em sinergia com quem estiver na arquibancada. Faremos data legal para o cruzeirense, para lembrar algo que viveu como torcedor. Terá gente que gosta mais do Sorín. Terá gente que gosta mais do Nonato. Tentamos convidar o Révetria, que tem história importante no Mineirão. Eu só tenho a agradecer. É uma situação única”

Dirceu Lopes não jogará

“Dirceu, eu queria que estivesse aqui hoje. Ele não pôde participar por problema de saúde. Ele não deve poder jogar, o que é uma tristeza. Faço questão que Tostão jogue, é meu amigo pessoal. Outro é o Marco Antônio Boiadeiro, que deve jogar”

Alex fala sobre eliminação sobre o River

“Primeiro, não cabe comparação com 2004, que era um time já se desestrurando. Muitos fizeram sucesso na Europa, como Gomes, Maicon, Luisão. Era um time forte. Esse ano, não sei. Não sei qual a ideia da diretoria. Esse time conhece o campeonato. O que acho é o seguinte: o cruzeirense tem de esquecer o time bicampeão brasileiro, que não existe mais, perdeu a espinha. O primeiro passo é esquecer. E o Marcelo reanimar esse grupo, ir pontuando no Brasileiro para voos maiores”