Um fator preocupante é que a equipe tem se mostrado cada vez mais irregular na competição e vê a zona de rebaixamento cada vez mais próxima. A Raposa tentará se reabilitar contra o Sport, que está entre os quatro melhores, na Arena Pernambuco, no domingo. O próximo compromisso em Belo Horizonte será em 9 de agosto, diante do Palmeiras, no reencontro com seu ex-técnico Marcelo Oliveira.
No comando do Cruzeiro, Vanderlei Luxemburgo sustenta apenas 48,4% de aproveitamento – cinco vitórias, um empate e cinco derrotas. Ele começou sua segunda passagem pelo clube com três resultados positivos em sequência, no entanto, o time não conseguiu pôr fim à instabilidade. Apesar disso, a diretoria garante apoio ao grupo. “É preciso administrar os problemas com tranquilidade. A qualquer momento, as bolas vão começar a entrar e o time voltará a vencer. Não são as fortes cobranças que farão o grupo voltar a ganhar. Tem que deixar o trabalho fluir normalmente”, afirma o presidente Gilvan de Pinho Tavares.
A esperança cruzeirense está no retorno do armador Alisson, que ontem ficou no banco de reservas. Ao longo da semana, ele treinará com os companheiros e tem chance de começar jogando contra o Sport. Assim, poderá ajudar a melhorar a criatividade do time, justamente o ponto fraco na derrota para o tricolor paulista. O lateral-esquerdo Fabrício levou o terceiro amarelo e não encara o Leão da Ilha.
SEM EMOÇÕES Em tarde de homenagens ao mineiro Telê Santana, bicampeão mundial pelo tricolor do Morumbi em 1992 e 1993 (ele completaria 84 anos ontem), São Paulo e Cruzeiro nem de longe lembraram os duelos das oitavas de final da Copa Libertadores, em que protagonizaram lances emocionantes, tanto no Morumbi quanto no Mineirão. Os seguidos erros de passes, finalizações e reposições de bola chegaram a irritar o público.
A partida também foi truncada e muito centrada na marcação. Do lado celeste, ninguém causou incômodo ao goleiro Rogério Ceni: Marcos Vinícius e Vinícius Araújo tiveram atuação apagada; Marinho e Willian abusaram dos erros nas conclusões. O primeiro chute a gol foi de Alexandre Pato e saiu quase no fim do primeiro tempo, para grande defesa de Fábio em puro reflexo. Pouco depois, o atacante são-paulino fez o gol da vitória dos donos da casa: aproveitando cochilo dos zagueiros do Cruzeiro, ele recebeu cruzamento de Carlinhos e só desviou para o fundo das redes.
No segundo tempo, com Mayke no lugar de Ceará e Gabriel Xavier no de Marcos Vinícius, a Raposa tentou pressionar, mas a defesa tricolor estava bem postada e quase não sofreu riscos. Luxemburgo tentou a última cartada ao colocar Leandro Damião na vaga de Vinícius Araújo. O camisa 9 desperdiçou as duas boas chances que teve. O resultado positivo mantém o São Paulo sonhando com vaga na Libertadores’2016. Enquanto isso, o Cruzeiro tem ambições modestas: melhorar o rendimento e se afastar dos últimos lugares.