Cruzeiro
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CRUZEIRO

Haja paciência!

O futebol esteve mais uma vez sumido no 0 a 0 do Cruzeiro com o Sport. Time celeste se prepara agora para reencontro com o ex-técnico Marcelo Oliveira, hoje no Palmeiras

postado em 03/08/2015 11:00

 Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Cada jogo do Cruzeiro no Brasileiro de 2015 deixa a torcida ainda mais saudosa das vitórias que levaram o time a conquistar as duas últimas edições. Passadas 16 rodadas, ela vê reforçada a certeza de que o atual campeonato será de muito sofrimento. E transfere parte de suas esperanças para a Copa do Brasil, competição que conquistou quatro vezes e da qual foi finalistas em outras duas, a mais recente no ano passado, quando acabou superada pelo Atlético – amanhã, em sorteio na CBF, será conhecido o seu adversário nas oitavas de final.

O 0 a 0 com o Sport, diante de mais de 28 mil pagantes, ontem à noite, na Arena Pernambuco, que fez a equipe celeste baixar mais uma posição na tabela, foi uma repetição dos jogos anteriores: raros momentos de bom futebol, excesso de passes errados e desentrosamento injustificável mesmo com a mudança no comando técnico, exatos dois meses atrás. De nada adiantou a alteração do esquema. Com dois ou três volantes, centroavante fixo ou sem centroavante, a equipe não consegue encontrar um padrão.

Fábio fez suas habituais grandes defesas, mas falhou grosseiramente ao deixar passar uma bola sob seu corpo no último lance do primeiro tempo, sendo salvo pela cobertura dos zagueiros. Os três homens mais abertos na frente, para compensar o trio de volantes, também não deu o ar da graça. O time continuou sem equilíbrio, com a turma de trás dissociada do pessoal da frente. Como nas outras partidas, a iniciativa do ataque coube mais ao adversário, que desta vez esteve menos inspirado, bem aquém das boas exibições que o transformaram numa das sensações da competição.

As substituições, com a entrada dos ex-titulares De Arrascaeta, Marquinhos e Leandro Damião, proporcionaram ligeira melhora na produção do Cruzeiro, mas ele continuou com dificuldades de reter a bola e com pouco poder ofensivo.

O Leão, como integrante do G4, intensificou sua pressão nos minutos finais, rondou perigosamente a meta de Fábio e, mais à base da voluntariedade, criou chances para tirar o zero do marcador. Quanto aos cruzeirenses, limitaram-se a arriscar contragolpes, à medida que foram encontrando espaços deixados pelos anfitriões não ânsia de chegar ao gol.

Nos últimos cinco minutos, os mineiros melhoraram e mostraram o que lhes faltou nos 85 anteriores. Aos 42min, na melhor jogada da equipe em toda a partida, Marquinhos cruzou rasteiro da direita e Charles, na marca do pênalti, não alcançou a bola. No minuto seguinte, Marquinhos, de novo, centrou e De Arrascaeta chegou atrasado, diante do goleiro. Ao 48min, Manoel cabeceou e Danilo Fernandes defendeu com arrojo.

REENCONTRO COM MARCELO Agora a Raposa se prepara para o jogo contra o Palmeiras, domingo, às 16h, no Mineirão, no reencontro com Marcelo Oliveira, o técnico que o conduziu ao bicampeonato brasileiro. Vanderlei Luxemburgo, que tenta dar novo padrão ao time, não contará com dois jogadores, que levaram o terceiro cartão amarelo: o lateral-direito Mayke e o volante Charles. Ou seja, em seu 13º jogo à frente do time, terá de mandar a campo a 13ª escalação diferente.

FICHA TÉCNICA

Sport 0 x 0 Cruzeiro

Sport: Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê; Rithely, Wendel (Samuel 32 do 2º), Marlone, Régis (Hernani 13 do 2º) e Diego Souza (Neto Moura 33 do 2º); André
Técnico: Eduardo Baptista

Cruzeiro: Fábio; Mayke, Manoel, Paulo André e Mena; Willians, Charles e Henrique; Marinho (De Arrascaeta 18 do 2º), Vinícius Araújo (Leandro Damião 31 do 2º) e Alisson (Marquinhos 22 do 2º)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Estádio: Arena Pernambuco
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Marcelo Carvalho van Gasse (SP) e Fabrício Vilarinho da Silva (GO)
Cartão amarelo: Mayke, Charles e Renê
Pagantes: 28.019
Renda: R$ 751.130