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Cinco razões para o Cruzeiro ter igualado suas maiores séries invictas nos pontos corridos

Equipe de Mano Menezes repetiu feito alcançado por time bicampeão brasileiro

postado em 27/11/2015 08:05 / atualizado em 27/11/2015 13:39

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Desde que perdeu para o Flamengo, por 2 a 0, em 10 de setembro, o Cruzeiro não sabe o que é derrota. A série de 12 jogos de invencibilidade repetiu os recordes alcançados pelo clube na era dos pontos corridos do Brasileirão. Cinco fatores ajudam a entender como os comandados de Mano Menezes conseguiram repetir o feito do time bicampeão nacional em 2013 e 2014.

Evolução de defesa e ataque

Na série de 12 jogos sem derrotas, o Cruzeiro evoluiu tanto defensivamente quanto ofensivamente. Enquanto a equipe balançou as redes 19 vezes, o goleiro Fábio foi vazado apenas em oito oportunidades. Assim, houve evolução nas médias de gols feitos e sofridos.

Nas primeiras 24 rodadas do Brasileirão, a Raposa sofreu um gol por jogo. No período de invencibilidade, esse número caiu para 0,6. Já o ataque aumentou a média de gols marcados de 0,9 por partida para 1,5.

Maior participação ofensiva

Para ajudar o ataque a melhorar a média de gols marcados, vários jogadores colaboraram. Em 36 rodadas do Campeonato Brasileiro, 17 atletas cruzeirenses anotaram gols. Apenas nos 12 jogos de invencibilidade, nove deles superaram os goleiros adversários.

O artilheiro da equipe no período sem derrotas é o atacante Willian, com seis gols. Marcos Vinícius, De Arrascaeta e Leandro Damião balançaram as redes duas vezes cada. Já Willians, Fabrício, Ceará, Fabiano e Alisson anotaram um tento.

Aproveitamento de vice-líder. Rendimento de campeão fora de casa

No período sem derrotas, o Cruzeiro venceu seis partidas e empatou outras seis. Com 24 pontos somados, a equipe atingiu 66% de aproveitamento. Se mantivesse esse ritmo desde o início da competição, a Raposa estaria na segunda colocação, à frente do arquirrival Atlético.

Já quando o assunto é fora de casa, o time comandado por Mano Menezes é ainda mais eficiente. Na série de invencibilidade, o Cruzeiro jogou cinco vezes longe de Minas Gerais, conquistou duas vitórias e três empates. Esses números resultam num aproveitamento de 60% dos pontos disputados. Com o título já confirmado, o Corinthians é o melhor visitante do Brasileirão, com rendimento de 57% enquanto joga na casa do adversário.

Manutenção da base

Tornou-se rotina nas entrevistas coletivas na Toca da Raposa II o argumento de que Mano Menezes deu confiança aos jogadores. Isso, segundo os próprios atletas, foi possível através da manutenção da equipe. E os números indicam que o treinador pouco mexe no time titular.

Nos 12 jogos sem revés, sete jogadores foram titulares em pelo menos 10 partidas. O goleiro Fábio e o volante Ariel Cabral não desfalcaram o Cruzeiro nem uma vez sequer. Já o zagueiro Manoel, o volante Henrique e o atacante Willian participaram de 11 partidas nesse período. O zagueiro Bruno Rodrigo e o lateral-esquerdo Fabrício vêm logo atrás nesse quesito, com 10 participações.

Força da torcida

Enquanto a torcida do Cruzeiro demonstrava impaciência e pouca esperança enquanto a equipe era comandada por Vanderlei Luxemburgo, esse cenário mudou com Mano Menezes. E o retorno do apoio dos cruzeirenses foi determinante para que o time reagisse no Brasileirão e atingisse os 12 jogos de invencibilidade.

Desde que o Cruzeiro foi derrotado pelo Flamengo, no Maracanã, apenas uma partida da equipe no Mineirão teve menos de 20 mil pagantes – o empate com o Vasco, por 2 a 2, registrou público de 19.888 pessoas. No período de invencibilidade, o clube celeste manteve média de 30.845 pagantes em seus compromissos no Gigante da Pampulha.

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