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Cruzeiro faz o dever de casa e se classifica na Copa do Brasil, mas fica devendo futebol

Cruzeiro vence o time misto do Campinense e vai pegar o Londrina na próxima fase da Copa do Brasil. Raposa chegou a tomar o empate, e instabilidade irritou torcida

postado em 06/05/2016 11:00 / atualizado em 06/05/2016 11:10

EM DA PRESS
Nem de longe foi a atuação que a torcida pedia, tanto que ela vaiou bastante ao final, mas o Cruzeiro conseguiu avançar à segunda fase da Copa do Brasil com os 3 a 2 sobre o Campinense-PB, que atuou com uma equipe mista, na noite, desta quinta-feira no Mineirão. Assim, pressionado e com a insatisfação de sua própria gente, pegará o Londrina, com o primeiro jogo ocorrendo terça-feira, às 21h30, no Norte paranaense.

Até lá, os cruzeirenses esperam que a diretoria anuncie o novo treinador e também reforços. Afinal, mais uma vez ficou claro que o time celeste tem muitas deficiências, que nem mesmo o melhor dos técnicos conseguirá sanar.

Os próprios atletas reconheceram que o desempenho não foi bom, ainda que tenham preferido ressaltar o resultado. “Sabemos que não fizemos uma partida brilhante, mas valeu o empenho de todos. Foi um jogo pegado e conseguimos a classificação, que é o mais importante neste momento”, afirmou o atacante Willian. Ao fazer o terceiro gol celeste, ele não só quebrou o jejum de 2016 como se tornou o maior artilheiro do novo Mineirão, com 23 gols, um a mais que Ricardo Goulart, ex-companheiro de clube.

Mesmo quem acabou de chegar já notou que o momento do Cruzeiro é complicado. É o caso do lateral-direito Lucas, que estreou fazendo a assistência para Allano abrir o marcador. “O importante foi a classificação. Não foi do jeito que o torcedor desejava, mas, pela situação em que o Cruzeiro se encontra, foi muito bom.”

O técnico interino Geraldo Delamore reconheceu as dificuldades e, como o restante do grupo, procurou enaltecer o objetivo atingido. “Foi um jogo difícil. Estamos em uma fase de transição e, apesar do apoio da diretoria, os jogadores têm sentido. No fim do primeiro tempo, poderíamos ter ficado mais com a bola, mas não conseguimos, pois o emocional pesou muito. Era uma partida na qual não podíamos errar”, declarou ele, que ainda não sabe se comandará a equipe na terça-feira.

Realmente o Cruzeiro errou em excesso ontem. Os jogadores mostraram muita vontade, mas sob grande ansiedade. Quando conseguiu concatenar uma jogada, aos 17min, o time abriu o placar: depois de passe por elevação de Élber, o estreante Lucas colocou na cabeça de Allano, que, meio desajeitado, conseguiu mandar para a rede.

Os visitantes, mesmo despretensiosamente, porém, ameaçavam. Tanto que empataram aos 39min, com Adalgiso Pitbull, depois de boa jogada de Tiago Sala.

A equipe paraibana ainda chegou com perigo mais uma vez, enquanto os mineiros se perdiam em seus próprios defeitos. Com isso, deixaram o gramado aos gritos de “raça”, cobrados por parte da torcida.

MAIS VAIAS

Não faltava raça, mas, sim, qualidade. Quando mostrou alguma, a Raposa desempatou em cobrança de falta perfeita do uruguaio De Arrascaeta. Dois minutos depois, Élber arrancou, mas foi egoísta, sendo travado quando tentou chutar. Willian e De Arrascaeta entravam livres ao lado dele.

A partir de então, o Cruzeiro se mostrou satisfeito com o resultado, pouco criando. Quando forçou, conseguiu ampliar: aos 29min, De Arrascaeta disputou no meio e a bola sobrou para Élber, que serviu para Willian apenas tirar do goleiro Glédson.

Os paraibanos ainda diminuíram aos 41min, novamente com Adalgiso Pitbull, em belo chute cruzado. Já nos acréscimos, o goleiro Glédson, que havia ido ao ataque tentar o empate, no contra-ataque derrubou Pisano na meia-lua e foi expulso. Com isso, o atacante Reginaldo terminou o jogo no gol, enquanto a torcida direcionava sua ira para a diretoria celeste, especialmente o presidente Gilvan de Pinho Tavares.

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