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Basquete ou malabarismo? Com bambolê e balões, Raulzinho mostra habilidade em treino

Enfrentando forte concorrência no Utah Jazz, o armador Raulzinho se prepara em BH para encarar o desafio de permanecer na Liga Americana

postado em 26/05/2017 09:51 / atualizado em 26/05/2017 10:44

Duas semanas depois de ser eliminado pelo Golden State Warriors, nos playoffs da NBA, o armador Raulzinho já começou a se preparar para mais um momento chave da sua trajetória na liga profissional norte-americana de basquete. Depois de perder espaço no time titular do Utah Jazz, o mineiro vai para seu último ano de contrato com o time de Salt Lake City, que tem opção de rescindir ou continuar com ele em janeiro.

Edésio Ferreira/EM/D.A. Press
“Tenho mais um ano de contrato, mas é opção do time. Até janeiro eles podem me cortar quando quiser ou manter”, conta Raulzinho, que começou esta semana sua preparação para a próxima temporada, que começa no fim de outubro. Ele treina no Minas, clube que o revelou para o cenário internacional. “Ser meu último ano de contrato bota um pouco mais de pressão para eu mostrar que estou treinando, que estou melhorando, mas independentemente de contrato ou não, sempre quero melhorar meu jogo”, conta. “Vou ter que brigar pelo meu espaço mais uma vez, coisa que já fiz no passado e me dei bem”


Raulzinho foi draftado na 47ª posição do Draft da NBA para a temporada 2013/2014, mas só assinou contrato com o Jazz dois anos depois, em meados de 2015. Neste período, em que defendeu com destaque a Seleção Brasileira no Mundial da Espanha’2014, Raulzinho permaneceu no basquete espanhol. Na temporada de estreia nos Estados Unidos, o mineiro assumiu logo vaga no time titular. Ficou fora de apenas um jogo na temporada regular e esteve no quinteto principal em 53 jogos, com média de 18,5 minutos, 5,9 pontos e 2,1 rebotes por partida.


A vida de Raulzinho, entretanto, ficou mais difícil ao longo de 2016. Ainda na temporada anterior, ele começou a perder espaço com a chegada de Shelvin Mack. Com a contratação de George Hill para a atual disputa e a ascensão de Dante Exum, escolhido no Draft, Raulzinho se tornou quarta opção na armação e foi enviado para a Liga de Desenvolvimento.


“É difícil manter o foco. Às vezes, a gente chega de viagem meia-noite, mas como não fomos para o jogo, você tem que estar lá cedo, para bater bola, academia. É difícil mentalmente, mais do que fisicamente, mas soube lidar bem com essa situação”, comenta.

 

PLAYOFFS

Mesmo com pouco tempo de quadra, Raulzinho, aos 25 anos, viveu uma temporada especial. Depois de cinco anos, o Utah Jazz voltou aos playoffs da NBA e, de quebra, superou o jejum de sete anos sem vencer uma série de pós-temporada – superou o Los Angeles Clippers, na primeira rodada. Na segunda rodada, o Jazz sucumbiu para o Golden State Warriors, que está na final da NBA sem ainda ter perdido uma só partida nos playoffs (venceu Portland Trail Blazers, Utah Jazz e San Antonio Spurs, por 4 a 0).


“Coletivamente, tive mais sucesso que minha primeira temporada. Individualmente, tive menos tempo, apesar de que as vezes que entrei, mesmo durante a temporada, fui bem, mostrei um nível de profissionalismo que até eles me elogiaram. Mostrei que estava preparado, independentemente de ficar até 10 partidas sem jogar. Estou lá, estou no melhor lugar, jogando ou não, vou treinar, ficar feliz, que é o jeito que posso ajudar”, comentou Raulzinho. As finais da NBA começam na próxima quinta-feira.

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