Os garotos (120 no total) foram entrando, já uniformizados, e se posicionando em torno do símbolo da NBA. Logo surgiu Raulzinho, discretamente. Vestindo um calção azul-escuro e camisa em tons de azul, com barba rala e fone no ouvido. Dois meninos, de oito ou nove anos cada, se aproximaram e perguntaram se ele era o jogador do Jazz. Como a ordem era de não revelar nada até o início das atividades. Raulzinho despistou os garotos, dizendo que apenas se parecia com ele. “Ele já vai entrar”, completou.
Assim que Raulzinho foi apresentado, um daqueles meninos gritou: “Sabia que era você! Vou querer tirar uma foto a seu lado”. Começava, pra valer, a primeira participação do armador como orientador de meninos que sonham ser, um dia, jogador como ele.
“Participei de um Camp como este nos EUA, mas do outro lado, para aprender. Sempre sonhei em jogar na NBA e gostaria de participar de um treinamento como este, mas eles não ocorriam no Brasil. Queria ter a proximidade com um jogador, o que só foi acontecer na minha vida mais tarde”, confidenciou.
ADMIRAÇÃO
Chegar ao Minas, clube que o revelou, como ídolo da garotada também foi uma situação nova para ele. “Lá nos EUA só um ou outro que me reconhece e vem conversar. Aqui, veio um monte de gente de uma vez. A maioria, crianças, que procuro atender, conversar. É gostoso”
A permanência no Jazz, segundo ele, é ainda uma incógnita: “Tenho mais um ano de contrato. O time tem uma opção de troca em janeiro. Antes de vir para o Brasil, tive uma reunião com os dirigentes e eles não falaram nada sobre isso. Estou fazendo minha parte. Nas férias, em BH, tenho treinado, de manhã e à tarde. Quero mostrar que tenho condições de continuar. A cada início de temporada, o treinador observa suas necessidades. O Jazz, no draft de quinta-feira escolheu um armador. Eles observam também a Liga de Verão, que será no mês que vem. Mas confio em mim e estou me esforçando para continuar”.