Em entrevista ao jornal O Globo, Romário revelou que foi correntista do banco suíço BSI na época que atuou na Europa, durante a década de 1990. “Quando eu jogava na Europa, tive conta no BSI. Só não sei o ano. Não me lembro, mas acredito que se a conta não é movimentada, ela é fechada automaticamente”, disse o ex-atleta, que morou na Europa entre 1988 e 1994, quando defendeu Ajax, da Holanda, e Barcelona.
Romário escreveu carta endereçada ao Dr. Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, para que o Ministério Público suíço inicie investigação acerca dos supostos bens não declarados pelo brasileiro em território estrangeiro. “Solicito que seja oficiado ao Ministério Público da Suíça para que instaure procedimento investigatório a fim de apurar se a suposta conta bancária existe realmente e se já foi movimentado algum valor”, disse no comunicado.
Recentemente, o ex-atleta teve seu nome mencionado em uma gravação de Edson Ribeiro, advogado do ex-diretor da Petrobrás, Néstor Cerveró, a respeito de um suposto esquema de favorecimento que alia a sucessão do prefeito Eduardo Paes no Rio de Janeiro à ocultação de eventuais recursos obtidos junto ao banco suíço e não declarados por Romário ao fisco.
Uma operação da Polícia Federal (PF), inclusive, prendeu nesta sexta-feira o advogado Edson Ribeiro, colocado em poder dos policiais logo após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Romário, que deve apoiar o candidato Pedro Paulo na Prefeitura do Rio caso não concorra, foi até defendido pelo atual prefeito, Eduardo Paes.
“Tenho um entendimento com o senador Romário de que, se ele não vier candidato, vai apoiar o Pedro Paulo”, disse, aproveitando para rechaçar as declarações de Delcídio Amaral e Edson Ribeiro nas gravações. “Eu acho lamentáveis essas acusações que já foram desmentidas até pelo veículo de imprensa que as publicou”, declarou Paes, fazendo referência à retratação da Veja após divulgação do boato em julho.