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Com 199 jogos pelo Corinthians, Cássio cobiça Brasileiro para superar ídolos do gol

Goleiro completará 200 jogos pelo clube contra o Goiás, na quinta, em Itaquera

postado em 09/10/2015 08:54

Divulgação/Corinthians
Cássio completará 200 jogos pelo Corinthians contra o Goiás, na próxima quinta-feira, em Itaquera. Animado com a marca, o goleiro vislumbra há algum tempo outro feito – somar o Campeonato Brasileiro à sua galeria de títulos pelo clube, que já conta com a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes de 2012, além do Campeonato Paulista e da Recopa Sul-americana de 2013.

“Conseguindo o Brasileiro, por números, vou ser o goleiro que mais ganhou títulos pelo Corinthians como titular”, calculou Cássio, embora não tenha pesquisado a fundo o currículo dos seus concorrentes de posição. “Se não me engano, já estou entre os dez goleiros que mais atuaram. Espero chegar mais longe ainda. Tenho mais três anos de contrato (o vínculo vencerá em 31 de dezembro de 2018) e quero bater outros recordes.”

Ao menos em partidas disputadas como corintiano, será difícil para Cássio alcançar outro goleiro que marcou época. Ronaldo defendeu 601 vezes o time do coração entre as décadas de 1980 e 1990, atrás apenas de Wladimir (805) e Luizinho (604) nesse quesito.

Por enquanto, contudo, Cássio ainda não consegue identificar o seu lugar na história do Corinthians. “Verei melhor essa condição de ídolo quando parar de jogar futebol ou quando mudar de clube. Hoje, trabalho igual a todos os outros. A cobrança que recebo é a mesma. Eu me sinto um jogador normal e até acho bom deixar de lado o que ganhei para buscar mais coisas”, discursou.

O Corinthians também deixou de lado um reconhecimento a Cássio. O goleiro colocaria a marca de suas mãos na Calçada da Fama do Memorial do Parque São Jorge – uma placa e um molde já haviam até sido preparados –, porém a homenagem está adiada faz um ano por causa de Paolo Guerrero. O centroavante peruano seria outro celebrado pelo clube na ocasião, e a indefinição sobre a sua permanência no clube (acabou no Flamengo) pesou contra a iniciativa.

Seja como for, Cássio não precisa de uma placa para rememorar o sucesso que alcançou em 2012. Ele define a atuação contra o inglês Chelsea, na final do Mundial, como a melhor da carreira. E já não se empolga tanto quanto alguns torcedores com a histórica defesa no chute de Diego Souza, diante do Vasco, nas quartas de final da Libertadores. “Fala-se muito daquele lance, mas defendi muito mais bolas no primeiro jogo da semifinal com o Santos”, comparou.

Uma partida que causou menos aflição em Cássio foi contra o Emelec, do Equador, em que ele ganhou a posição do contestado Julio Cesar. “Por incrível que pareça, eu estava tranquilo naquele dia. Não sei se foi porque o grupo já era experiente e me passou confiança. Até o Julio, por quem tenho enorme respeito, me ajudou. Mas a pressão era grande do lado de fora. No restaurante, o pessoal ia me pressionar, perguntar se eu era bom goleiro mesmo. Se tivesse tomado um frango, não estaria aqui hoje”, rememorou, rindo.

Cássio não frangou e, três anos depois, está perto de vivenciar novas partidas históricas entre as mais de duas centenas que terá pelo Corinthians. Para conquistar o cobiçado Brasileiro, a meta é prosseguir com a mesma serenidade dos seus primeiros jogos pelo clube. “Falhei algumas vezes, como todo goleiro, mas nunca em uma sequência de sete ou oito partidas. Tenho muito mais boas histórias. O tempo que passei aqui já é vitorioso e feliz”, comemorou o ídolo.

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