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Uefa pede apoio de governos europeus para conter gastos com transferências

A Uefa estabeleceu um "equilíbrio competitivo" entre as equipes

postado em 20/09/2017 12:56 / atualizado em 20/09/2017 13:35

AFP / Fabrice COFFRINI
O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, pediu nesta quarta-feira para que as lideranças políticas da Europa ajudem a tornar o futebol um negócio mais justo. Em um discurso aos líderes das 55 federações de futebol da Europa, o dirigente citou a chanceler alemã Angela Merkel entre os políticos que criticaram as finanças envolvidas no esporte após um recorde de gastos de clubes na última janela de transferências.

"Para todos os políticos europeus, deixe-me dizer que não posso concordar mais. Mas eu não posso dizer que vocês fizeram muito para nos ajudar a deixar as coisas certas", disse o presidente da Uefa. "Somos criativos imaginativos e comprometidos, e estamos apenas esperando a luz verde daqueles que condenam publicamente a situação atual, mas ainda não permitiram uma correção", acrescentou Ceferin.

A Uefa estabeleceu um "equilíbrio competitivo" entre as equipes em suas competições como prioridade. A Liga dos Campeões é vista como um torneio dominado pelas cinco ligas nacionais mais ricas do continente, com mais vagas e premiações para os clubes delas.

Ainda assim, as leis trabalhistas e empresariais aplicadas pela União Europeia impedem a adoção de um "arsenal completo de medidas concretas" que Ceferin aponta como necessárias para estabelecer o equilíbrio no futebol.

Elas incluiriam limites de salários, implementação de impostos de luxo, limites aos elencos, reforma nas transferências, uma câmara de compensação para controlar o fluxo de dinheiro, limitação dos pagamentos aos agentes de jogadores, imposto de solidariedade sobre transferências para financiar o futebol feminino, limitação do empréstimos de jogadores e impedimento de propriedade de mais de um clube. "Estou confiante de que as coisas em breve mudarão para melhor", disse Ceferin, esperando que os legisladores em Bruxelas sejam mais flexíveis

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, também disse aos líderes do futebol europeu que devem ocorrer mudanças. "É responsabilidade de todos nós avaliar o sistema de transferência para o futuro", disse Infantino, que foi secretário-geral da Uefa.

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