Bruno recebe elogios do técnico e de companheiros após estreia no Boa Esporte

Paulo Galvão
Enviado especial a Varginha

Como Bruno não deu entrevista após o empate por 1 a 1 do Boa com o Uberaba, neste sábado, em Varginha, coube ao técnico Julinho Camargo e aos companheiros comentarem a atuação dele. A opinião geral é de aprovação pelo que foi apresentando, ainda que digam que o goleiro ainda tem muito a crescer.

“Ele estava preparado para fazer o jogo. Considero que foi regular, tem potendial para muito mais. Mas foram poucas bolas no nosso gol. No pênalti foi uma situação difícil, o atacante entrou em velocidade e, de longe, creio que ele fez o que foi possível. Pelo potencial que tem, vai crescer muito mais”, declarou o treinador do Boa, que gostou do futebol apresentado pela equipe, mas lamentou o empate em casa, sempre ruim em uma competição tão disputada como o Módulo II do Campeonato Mineiro.

Já o experiente volante Radamés elogiou o companheiro e também vê espaço para evolução. “O Bruno é um jogador que todo mundo elogia. Você olha para trás e ele te passa segurança, assim como era o Luan (agora na resrva). Claro que ele ainda não está na forma ideal, assim como eu e outros jogadores que atuaram hoje (sábado), mas que tem tudo para dar certo na sequência do campeonato”, afirmou o camisa 8, que completou 80 jogos pelo time boveta.

Já o gerente de futebol Nedo Xavier considerou a atuação de Bruno “dentro do normal”. Ele explicou que a decisão de não o goleiro não conceder entrevistas neste sábado foi tomada durante a semana e nada teve a ver com o resultado da partida ou o desempenho em campo.

Bruno voltou a disputar uma partida de futebol depois de quase sete ano preso pelo deesaparecimento da ex-namorada Eliza Samudio, em 2010. Em 2013, ele foi condenado a 22 anos e três meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, mas deixou a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Santa Luzia em 24 de fevereiro, em habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele aguarda julgamento de recurso em liberdade. No entanto, voltará para o regime fechado se a apelação for considerada improcedente.