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CASO BRUNO

Bruno aguarda expedição de mandado de prisão para se entregar em Varginha

O jogador se compromete a se entregar no Fórum da cidade, no Sul de Minas, depois que o Supremo Tribunal Federal revogou a sua liberdade provisória

postado em 26/04/2017 15:26 / atualizado em 26/04/2017 17:39

Reprodução/TV Alterosa

O goleiro Bruno Fernandes, de 32 anos, ainda aguarda a expedição de um mandado de prisão para se entregar à Justiça. O advogado que representa o jogador, Lúcio Adolfo, esteve no Fórum de Varginha, no Sul de Minas Gerais, no início da tarde, junto com Rildo Moraes, dirigente do Boa Esporte. Mas o documento ainda não estava no sistema. “Estou aguardando a chegada do documento para ele se entregar".

O goleiro chegou a se entregar na Delegacia Regional de Varginha por volta das 17h50 dessa terça-feira acompanhado do diretor do Boa Esporte, Rone Moraes. Como o documento não havia sido expedido, o goleiro assinou um termo de compromisso se comprometendo a se entregar no Fórum da cidade nesta quarta-feira.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu revogar a soltura do atleta, concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello. O julgamento do mérito do habeas corpus foi julgado na tarde desta terça-feira. O advogado Lúcio Adolfo da Silva, que representa o jogador, se manifestou no início do julgamento. Ele falou que a morosidade no processo foi culpa do Ministério Público. Além disso, disse que Bruno está trabalhando para sustentar os três filhos. Também relatou que o que pesa contra o atleta é a repercussão do caso.

Os argumentos não foram suficientes para convencer os ministros. O relator do processo, Alexandre de Moraes foi o primeiro a votar contra o habeas corpus. Em seguida foi a vez da ministra Rosa Weber, que também voltou contra a soltura. O ministro Luiz Fux foi na mesma linha.

O representante de Bruno reforçou que recorrerá da decisão, que considerou equivocada. “Vou entrar com embargo declaratório no STF, pois vi alguns equívocos, contradições, dúvidas, e quero que sejam esclarecidos. Então, vamos para o Pleno (reunião de todos os ministros da corte)”, disse o advogado, que também estuda a possibilidade de progressão do regime de Bruno para o semiaberto, além de pedido para que o goleiro tenha autorização para trabalhar.

O goleiro deixou a cadeia em 24 de fevereiro. Pouco depois, assinou contrato com o Boa Esporte, de Varginha, no Sul de Minas, em uma negociação cercada de polêmica, que levou ao afastamento de todos os patrocinadores do clube. Bruno ficou preso por seis anos e sete meses, desde julho de 2010, inicialmente por medida cautelar e depois preventiva, após ser apontado como mandante do sequestro, cárcere privado e morte de Eliza Samudio, em junho daquele ano.

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