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DA ARQUIBANCADA

Faltam 10 vitórias

postado em 02/09/2014 14:00 / atualizado em 03/09/2014 13:33

Henrique Portugal /Estado de Minas

ALEXANDRE GUZANSHE / EM DA PRESS
O jogo de sábado foi dedicado a zerar os cartões amarelos de quem estava dependurado e foi convocado para a Seleção. Pelo menos para isso esses amistosos do Brasil têm algum sentido além de desfalcar o time por uma semana. Pela Copa do Brasil, nossa máquina de gols jogará com larga vantagem em Arapiraca. Cidade que já tive a oportunidade de conhecer e não deve nada a muita capital brasileira. Mas contra o Fluminense pode mandar a conta para a CBF e seu calendário maravilhoso. O tricolor carioca, com seu histórico de decisões extracampo, não precisava de mais uma ajuda. Parece que foi até combinado.

É bonito ver Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart felizes ao se apresentar à Seleção. Imagino que Lucas Silva e Alisson devam estar estampando o mesmo sorriso na Sub-21. Não faz dois meses que demos vexame na Copa, o defunto ainda nem esfriou no caixão e já tem Seleção novamente? Parece receita de boteco: para curar uma ressaca, nada como tomar mais uma cerveja.

Por falar em convocados, Mayke já está jogando o suficiente para merecer uma chance em breve. Contra a Chapecoense, sobrou em campo. Imagino os lobistas do futebol ficando preocupados, pois quanto mais tentam desfalcar o Cruzeiro, mais aparecem novos nomes. Alisson, por exemplo, foi devolvido pelo Vasco antes do fim do seu empréstimo no ano passado.

No domingo, tive a oportunidade de encontrar Nelinho, Piazza, Dario Peito de Aço e Beto, que jogou no time de Lourdes entre 1964 e 1974. Escutei histórias antológicas sobre Seleção Nacional, Seleção Mineira e jogadores que tremiam nas pernas em jogos decisivos. Tive uma aula superdivertida. Dadá falou que encontrou Marcelo Moreno há alguns dias e lhe deu o recado de que deveria cabecear usando a técnica do queixo no peito. Pode parecer coincidência, mas reparem nos dois gols que Moreno fez no sábado. Ele cabeceou mirando o chão, o que dificultou muito qualquer ação do goleiro. Sei que Dadá foi um grande carrasco do nosso time, mas o seu bom humor não condiz com a choradeira costumeira dos torcedores da equipe de Lourdes. Ele não reclama que juiz roubou, não grita para tentar impor seus comentários e não precisa de frases de efeito moral em busca de resultados impossíveis.

Voltando ao Campeonato Brasileiro, o Jaeci Carvalho escreveu em sua coluna que precisamos de 10 vitórias para conquistar o tetra. Então, vou começar a fazer a contagem regressiva. Amanha é dia de ficar sentado na frente da TV e ver o jogo contra o Santa Rita como um aquecimento do que teremos no fim de semana diante do tricolor das Laranjeiras. Que os desfalques sirvam de motivação para jogadores querendo mostrar que podem ser titulares. Do contrário, vou reclamar muito desse calendário maluco, que só serve de punição para quem se destaca.

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