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GSP revela que atitude de Dana White pesou em decisão de se afastar do MMA: 'Não teve classe'

Canadense diz que Dana tentou impedi-lo de entrar na coletiva após bater Hendricks

postado em 26/11/2015 14:10 / atualizado em 26/11/2015 14:23

Josh Hedges/Zuffa LLC/Getty Images

O ex-campeão dos meio-médios do Ultimate Fighting Championship, Georges St. Pierre, revelou outros detalhes a respeito do hiato nas artes marciais mistas. GSP relatou que, após a vitória contra Johny Hendricks, na última defesa de cinturão bem-sucedida, em novembro de 2013, foi impedido de participar da entrevista coletiva por ordens do presidente do UFC, Dana White. Segundo o canadense, a atitude do chefão o influenciou seriamente na decisão de se afastar do octógono por tempo indeterminado.

“Eu estava nos bastidores levando pontos e queria ir para a coletiva de imprensa. Mas uma funcionária do UFC disse: ‘Não, Georges. Você não vai para a coletiva. Eu perguntei o motivo, e ela disse que eu não tinha permissão. Percebi que algo muito estranho estava acontecendo e respondi: ‘Tente me impedir’. Quando entrei na coletiva, todo mundo parecia estranho, mas eu não sabia o que estava acontecendo. Depois, eu descobri que eles estavam dizendo que eu tinha ido embora, pois tinha me machucado seriamente. Eu estava muito irritado. Eu entendo que o Dana White estava irritado, porque eu estava indo embora da organização com o cinturão. Mas podia ter tido um pouco mais de classe. Se eles não tivessem agido dessa forma, talvez eu já tivesse voltado e teria dado a revanche ao Johny Hendricks. Mas por causa disso, eu fiquei muito frustrado e chateado. Eu precisava deixar isso passar, pois não estava mais me divertindo quando lutava”, declarou ao St. Pierre, em entrevista ao podcast de Chael Sonnen.

Georges St. Pierre deu uma pausa na carreira com retrospecto bastante positivo: 22 vitórias e apenas duas derrotas. O reinado do ‘Rush’ na divisão dos médios durou quase cinco anos, com sucesso em nove defesas de título seguidas. Logo depois de anunciar o hiato, ele justificou que a necessidade de descanso e o descontentamento com a política antidoping da organização foram os principais motivos. Agora, outra razão que pesou para a decisão do canadense.

Apesar do domínio durante vários anos, GSP teve o último triunfo do cartel, contra Johny Hendricks, por decisão dividida, bastante contestado. O ex-campeão, no entanto, garantiu que foi o legítimo vencedor do duelo e alegou que os ferimentos apresentados após o duelo não servem como parâmetro para apontar a derrota.

“Eu venci aquela luta. O meu córner me disse no último round: ‘É matar ou morrer’. Você tem de vencer esse round, ou então, vai perder a luta’. Eu reassisti à luta várias vezes e entendi o motivo que algumas pessoas acham que eu perdi: meu rosto. Sempre fico com hematomas depois das lutas. É só ver as lutas contra Nick Diaz ou Jake Shields. Você não julga uma luta de acordo com a cara do lutador no final. Eu venci os rounds um, três e cinco. Sei que o primeiro round foi muito equilibrado, mas eu estive mais perto de finalizar a luta no primeiro round do que ele. Por isso, acho que eu venci”, comentou.

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