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Abre o olho, Cruzeiro!

Não será fácil fazer um gol, quanto mais dois... Paciência, perseverança e, principalmente, bom futebol serão os ingredientes para triunfar

postado em 14/05/2014 09:24

Jaeci Carvalho /Estado de Minas

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

O Gigante da Pampulha recebe a China Azul (foto) esta noite para ajudar o Cruzeiro a se classificar às semifinais da Libertadores. Mas, antes de falar do jogão de hoje, abro parêntese para o que me parece um complô para não deixar a equipe, disparadamente a de melhor grupo e melhor time, chegar ao tetra brasileiro e ao segundo título nacional consecutivo.

Sim, senhoras e senhores, é inadmissível jogar quatro partidas e ser prejudicado em todas por erros grosseiros de arbitragem.

Sei que o alvo a ser derrubado é o Cruzeiro, atual campeão, mas isso deve acontecer tão e somente na bola, no campo, não com pênaltis não marcados a favor ou inexistentes contra, faltas invertidas, impedimentos equivocados etc. Que a diretoria celeste aja rápido, detecte o que está ocorrendo, pois não dá para ver uma equipe tão competente, forte e organizada perder uma competição na “mão grande”, como se diz na gíria. Erros compreensíveis, que acontecem com todo mundo, fazem parte do futebol, mas quatro jogos com erros grosseiros me cheiram a coisa pior. Não quero acreditar que haja armação, mas que está estranho, ah, está.

Dado o recado, falemos da decisão desta noite. O Cruzeiro vai enfrentar adversário fechado, experiente, que irrita o rival como poucos, vai tocar a bola no meio-campo, fazendo o tempo passar, e acima de tudo é argentino. Não será fácil fazer um gol, quanto mais dois... Paciência, perseverança e, principalmente, bom futebol serão os ingredientes para triunfar. Espero que Marcelo Oliveira me ouça e escale Marcelo Moreno e Nílton. Acho que é jogo para os dois, sobretudo pelas bolas aéreas. Sei que a eliminação faz parte do futebol. Um técnico deve pecar por excesso, jamais por omissão. Se o time jogar o que sabe e a bola não entrar, os jogadores sairão de campo aplaudidos. Faz parte. O que não pode é a equipe ficar omissa e o treinador perdido na escalação ou nas substituições.

Em condições normais de temperatura e pressão, o Cruzeiro vence. Tem mais time, grupo, estrutura, tudo. Futebol, porém, não é escrito assim. O San Lorenzo, do papa Francisco, tem pequena vantagem. E se fizer um gol, obrigará o adversário a marcar três, o que é muito difícil. Digo mais: se os argentinos sofrerem um gol, vão manter o esquema defensivo, explorando contra-ataques, pois decidir nas penalidades não será ruim para eles. A torcida, que vai lotar o Mineirão, deve jogar com sua equipe, apoiando-a até o fim, pois os jogadores vão precisar disso.

Se o Cruzeiro jogar 60% do que jogou no Brasileirão, a torcida sairá do estádio comemorando. Mas é bom ter em mente que esta Libertadores está atípica e todos os outros favoritos ficaram pelo caminho. Mesmo o campeão brasileiro se classificou na bacia das almas, com decepcionante campanha na fase de grupos e muito sufoco nas oitavas de final. Instável, ele tem oscilado muito. Mas é forte o suficiente para fazer seu melhor jogo até aqui.

Não tem essa de dizer que o Cruzeiro é o Brasil na Libertadores, como gostam de falar os narradores. Nada disso. São somente ele e sua torcida na competição. Os outros, tenham certeza, vão secar e torcer contra. O time começou como grande favorito e espero que tenha aprendido com os erros das fases anteriores. É hora de fazer valer sua força de bicampeão, a experiência de quatro decisões de Libertadores, de um grupo que nos últimos tempos é o mais qualificado. E que a arbitragem seja isenta e neutra, sem ser notada. Por tudo o que escrevi, acho que o Cruzeiro tem a obrigação de se classificar. Não vejo outra hipótese que não a vaga nas semifinais.

Manifestações
Estão marcadas para amanhã, pelo mundo, manifestações de brasileiros contra a realização da Copa no país. A embaixada na Alemanha foi depredada na segunda-feira. Acho que a melhor forma de protestar é com cartazes e marchas, com inteligência, caras pintadas e por aí. Violência, nem pensar.

Demissão

Que decepção com o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo. Ao demitir Jayme de Almeida, ele mostrou ser tão piegas e fraco quanto os antecessores. O treinador tinha 61% de apoio da torcida rubro-negra, mas o dirigente não teve sequer a dignidade para chamar esse ídolo do clube e dispensá-lo pessoalmente. E não se iludam: com Ney Franco ou qualquer outro, o Fla vai brigar para não cair. O time é fraquíssimo.

Pergunta do internauta 1
“Que experiência e méritos profissionais tem a bandeirinha Fernanda Colombo Uliana para trabalhar em um dos clássicos mais importante do país? Quem é o padrinho dela?”

Pergunta do internauta 2
“Quando o Fluminense vai pagar aquela Segundona de 2000?”

Pergunta do internauta 3

“Por que o dinheiro da venda de Vitinho pelo Botafogo já foi liberado, mas o de Bernard ainda não?”

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