None

COLUNA DO JAECI

Dá gosto ver a Argentina, com seu 'extraterrestre'

Tite terá muito trabalho para ajeitar a Seleção Brasileira e levá-la ao Mundial da Rússia%u20192018. Já a Argentina se dá ao luxo de ter Agüero no banco e Di María como opção

postado em 23/06/2016 12:00 / atualizado em 23/06/2016 08:33

AFP / Mark RALSTON
Assistindo a Argentina 4 x 0 Estados Unidos, percebi o quanto os hermanos estão à nossa frente. A equipe é excepcional e tem um gênio da bola, Messi, autor de um gol de falta antológico, superando o gigantesco goleiro norte-americano, mandando a bola “lá onde a coruja dorme”, como diziam os grandes narradores. Ele tem outros jogadores de alta técnica, refinados, e a garra tradicional que tanto admiramos. Aposto todas as minhas fichas que será campeã da Copa América Centenário, depois de 23 anos sem conquista, embora tenha sido três vezes vice continental e uma na Copa do Mundo, no Brasil, em 2014. Tata Martino, que substituiu Alejandro Sabella, tem feito trabalho muito bom e achado o ponto certo do time.

Como disse Gabriel Batistuta, ele foi superado por um “extraterrestre”. Messi, agora maior artilheiro da Seleção Argentina, com 55 gols, não é mesmo deste planeta. Dá gosto vê-lo nos mostrar que o futebol dos tempos de nossos avós e pais não morreu. Está adormecido, principalmente aqui, no antigo país do futebol. Temos um único craque, Neymar, em meio a um bando de medíocres, mascarados e chorões. Tite terá muito trabalho para ajeitar a Seleção Brasileira e levá-la ao Mundial da Rússia’2018. Já a Argentina se dá ao luxo de ter Agüero no banco e Di María como opção. Conta com Higuaín e Lavezzi em grande fase – o último fora da final porque fraturou o cotovelo diante dos EUA. É mesmo um time de encher os olhos. O Brasil tem Hulk, Jonas... Parei!

Senhoras e senhores, Chile, Colômbia, Uruguai, Paraguai e Equador também estão à nossa frente. Sem contar o Peru, que nos eliminou da Copa América. Antes, apostávamos para saber de quanto ganharíamos de equatorianos, colombianos e peruanos. Hoje, penamos para conseguir um empate. Novos e péssimos tempos. Continuo com a máxima de que os técnicos gaúchos acabaram com nosso futebol. Dou um voto de confiança a Tite, que se reciclou e aprendeu com os erros, principalmente depois de ter ajudado a derrubar o Galo em 2005.

“Pega”, “mata”, “dá porrada”, “segura”, “volta”, “vamos nos fechar”. Termos usados por esses gaúchos, ao contrário do saudoso Telê Santana, que gritava “toca a bola”, “avança”, “dribla”, “tabela”, “chuta a gol”. Que diferença! Dirão alguns que com Telê não ganhamos Copa e com Felipão, sim. Mesmo assim, a Seleção de 1982 é um dos nossos orgulhos. E Felipão tinha Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho. Com esses três, até eu. Aliás, é o mesmo treinador que tomou de 10 a 1 no lombo na Copa do Mundo em casa.

Viva a Argentina! Já disse: ao contrário da maioria dos brasileiros, se o Brasil está fora de uma competição, torço pelos hermanos. Adoro o bom futebol, a arte e a técnica. Saber que há um Messi em campo dá gosto, prazer e vontade de não desistir do futebol.

Vergonha
Tite tem o filho como auxiliar. Um dispositivo do código de ética da CBF não permite parentes contratados. Virou moda darem emprego a familiares. Vários treinadores empregam cunhados, genros e afins. Como viram que os clubes são uma fonte de mamar dinheiro, aproveitam, para deixar a família rica também. Que vergonha!

Propina
Sérgio Cabral Filho está sendo acusado de cobrar propina em obras da Copa, como metrô e a reforma do Maracanã. Sabe-se que ficou rico do dia para a noite depois que virou governador do Rio. O pai, um dos meus ídolos, como colunista esportivo, que tem o mesmo nome, deve estar envergonhado.

Tags: atleticomg cruzeiroec