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Levir Culpi dá apoio a Jô no seu retorno, mas admite: 'Queria cortar o pescoço dele'

Treinador pediu que a torcida incentive o atacante, que ainda não joga sábado

postado em 24/10/2014 18:57

Thiago de Castro /Superesportes


Franco como sempre, Levir Culpi revelou qual sentimento teve quando se reuniu para ouvir as explicações do atacante Jô para o seu sumiço dos treinos. O comandante alvinegro não ficou contente com a ausência do camisa 7, mas agora vê a situação contornada e demonstra apoio.

"Já falei com ele com uma condição de carrasco. Queria cortar o pescoço dele. Mas aí nos entendemos. Todos nós que jogamos também passamos por momentos difíceis. Não se consegue enxergar de fora para dentro. Com a fama é muito complicado. Infelizmente a maioria dos atletas brasileiros não teve uma base necessária para suportar a fama que eles têm. Mas muitos aprendem com a vida. Você vai batendo no muro até aprender. Ele é jovem e ainda tem muito tempo de carreira. Só precisa centrar um pouco mais no seu trabalho, no jogo, no futebol e administrar essa parte extracampo que vem atormentando a vida dele. Há tempo para todo mundo melhorar e contamos com isso", disse Levir, nesta sexta-feira, em entrevista coletiva.

Levir Culpi mostrou que não há ressentimento para com o jogador. Ele demonstra apoio e espera o mesmo da torcida.

"Os planos são iguais aos outros. Vai ser reintegrado pelo Kalil. Já tivemos uma conversa também. Ele é um cara especial, querido no grupo e não faz mal a ninguém. Faz mal para ele mesmo, às vezes. Vi a preocupação do pai do Jô também. Ele sabe o que está acontecendo. E o ser humano sempre merece uma chance. Estamos do lado dele e podemos nos ajudar".

Jô ainda não volta ao time neste sábado, contra o Sport, no Independência. Mas, quando houver um novo contato com a torcida, Levir espera que seja positivo:

"Ali, é como um filho. Você precisa da ajuda dos pais, não precisa apanhar. Um incentivo, um tapinha nas costas, dizer que estão juntos. Essa é o momento da torcida do Atlético chamar. Tenho certeza que o aplauso e o incentivo é muito mais saudável. O cara vai lá se matar para tentar fazer o gol".

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