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Libertadores, aí vou eu

Ainda na briga pelo título, Atlético caminha para confirmar a quarta participação seguida na competição

postado em 12/10/2015 11:00

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
O foco do Atlético neste fim de ano é a luta com o Corinthians pelo título brasileiro, que a equipe não conquista desde 1971. Mas o alvinegro vive situação confortável na disputa pela vaga na Copa Libertadores de 2016 e deve confirmar a presença na competição mais importante da América do Sul pela quarta vez consecutiva, algo inédito na história do clube. Vice-líder do Brasileiro, o Galo aparece 10 pontos à frente do Santos e do São Paulo, quarto e quinto colocados, respectivamente, e precisaria de ao menos quatro vitórias nos nove jogos restantes para carimbar o passaporte no torneio.

De acordo com os institutos de pesquisa, a chance de a equipe ir à Libertadores extrapola os 90%. O Departamento de Matemática da UFMG aponta 98,5%, enquanto o Infobola e o Chance de Gol preveem 98%.

A primeira Libertadores disputada pelo Atlético foi em 1972, mas a campanha não foi positiva: não venceu nenhuma das seis partidas e acabou eliminado no grupo que tinha São Paulo, Olimpia e Cerro Porteño. Nas três edições seguintes, em 1978, 1981 e 2000, o desempenho foi até melhor, mas longe de ser expressivo. Foram mais 13 anos até aparecer outra vez na competição e finalmente o Galo foi campeão, ao derrotar o Olimpia nos pênaltis.

Disputar a competição continental tem, além do componente emocional e de prestígio, o aspecto financeiro. Nas edições de 2014 e 2015, quando foi eliminado nas oitavas de final, o Galo recebeu cerca de R$ 5 milhões com a cota de participação e transmissão mais a renda líquida de suas partidas no Independência, que teve média de R$ 3,5 milhões por temporada. Na campanha épica de 2012, a arrecadação total chegou na casa dos R$ 30 milhões. Além disso, o clube pode ganhar com patrocínios, vendas de artigos licenciados e exploração comercial do estádio do Horto.

Do grupo alvinegro atual, o goleiro Victor, o lateral-direito Marcos Rocha, o zagueiro Leonardo Silva e Jemerson, o volante Leandro Donizete e o atacante Luan são os únicos a participar das três edições da Libertadores. O contrato do capitão vai se encerrar em dezembro, mas a diretoria começou os entendimentos para renovar por mais uma temporada.

O técnico Levir Culpi, que também negociará novo contrato com o clube, acredita que, se confirmar a classificação, o Atlético poderá se dar bem na Libertadores, porque manterá a maior parte dos jogadores que terminarão 2015: “A manutenção do grupo é algo fundamental. O Atlético tem quase todo o mesmo elenco na próxima temporada. Isso é um sinal de que o time jogará bem no ano que vem. Isso dá uma certa vantagem sobre os adversários e maior estabilidade e regularidade à nossa equipe”.

Para o goleiro Victor, por enquanto o Atlético não pode pensar apenas na competição internacional e, sim, na conquista do Brasileiro: “Estamos vivos na briga pelo título. Nosso foco não é o G4, é o título, portanto a briga é em cima. Temos de pensar em apenas isso, errar o menos possível e nos concentrar nas rodadas que faltam. Para isso, é preciso ter o espírito de decisão a cada jogo”.

OLHO NO INTER

Depois de um dia de folga, os jogadores voltam aos treinos hoje à tarde e concluirão a preparação para encarar o Internacional, que eliminou o Galo da última Libertadores. O jogo será quarta-feira, às 19h30, no Independência, no primeiro dos nove confrontos que restam para terminar o Campeonato Brasileiro. A equipe está praticamente definida, com a confirmação do zagueiro Edcarlos ao lado de Jemerson – Leonardo Silva vem se recuperando da cirurgia na mão direita. O lateral-esquerdo Douglas Santos, que está servindo à Seleção Olímpica em amistosos em Manaus, deve jogar. Ele ficou fora do jogo de sexta-feira contra a República Dominicana, por causa de indisposição estomacal, mas não será problema para quarta.

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