Com boas atuações no Atlético, Cazares e Otero estão prestigiados por Roger Machado

Garimpar o mercado sul-americano em busca de promessas de outros países parece ter feito bem ao Atlético nos últimos dois anos. Além de ganhar visibilidade, o clube também conseguiu dar qualidade ao grupo de atletas sem precisar investir valores astronômicos. E hoje o Galo colhe os bons frutos da aposta. No time de Roger Machado, o equatoriano Cazares e o venezuelano Otero são o ponto de equilíbrio para a busca por resultados positivos. Foi assim na vitória mais elástica da equipe em 2017, os 4 a 0 sobre o Tupi, no Independência, pelo Campeonato Mineiro, em que ambos se destacaram e ganharam prestígio com o treinador.

Se Otero é presença certa entre os titulares desde o início do ano, Cazares ainda convive com altos e baixos e não se firmou, sendo constantemente alvo de críticas da torcida. No entanto, pelo que apresentou diante do Tupi, foi muito elogiado por Roger Machado, que, por outro lado, exigirá mais regularidade do camisa 10. Eles devem formar dupla diante do Tricordiano, amanhã, às 16h, em Divinópolis, pela oitava rodada do Campeonato Mineiro. “Qualidade para armar o jogo com eficiência o Cazares tem. Ele é jovem, com maturidade boa. Mas ele precisa chegar a um nível alto e se manter. Se essa construção for contínua no dia a dia e em todos os jogos, não tem como não escalá-lo”, afirma o comandante alvinegro.

Como prêmio pela evolução desde que se tornou titular no Atlético, Otero foi convocado pelo técnico Rafael Dudamel para os compromissos da Venezuela contra Peru e Chile, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. Em contrapartida, Cazares ficou fora dos jogos da Seleção Equatoriana, mas não se sente desmotivado: “Estou tranquilo, porque ainda falta muito para voltar à Seleção. Mesmo assim, vou ficar na torcida por eles. Não fui agora, mas à frente terei nova oportunidade”.

Com três gols em 2017, Otero se considera na melhor fase da carreira: “É meu melhor momento. Como havia falado, estou aproveitando as chances no campo, ajudando meus companheiros. Não sei o que vai acontecer no futuro, mas quero fazer o melhor”. O jogador tem contrato com o Galo até julho. Para ficar em definitivo, o clube alvinegro terá de pagar ao Huachipato-CHI em torno de R$ 4,5 milhões. Cazares tem vínculo mais longo: até o fim de 2020.

Depois da transferência de Lucas Pratto para o São Paulo, os estrangeiros que restaram no Galo são o zagueiro Erazo, além de Cazares e Otero. Como a legislação brasileira permite cinco relacionados por jogo, o clube ainda pode contratar outros dois, que podem aparecer em Belo Horizonte durante a disputa do Campeonato Brasileiro.