Santa Cruz

SANTA CRUZ

Sem tantas mudanças em campo, Oliveira Canindé traz nova postura ao Santa Cruz fora dele

Ao contrário de Guedes, que tinha linguagem polida, Canindé fala "língua do povão"

postado em 02/10/2014 09:00 / atualizado em 02/10/2014 09:42

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press
Ainda não houve significativas melhoras no Santa Cruz após a troca de treinador. Oliveira Canindé comandou o Tricolor em dois jogos na Série B do Brasileiro. Ganhou um e perdeu outro. As partidas foram suficientes para perceber que o time segue instável. E que os erros na defesa persistem, assim como desde o início do campeonato. O “modus operandi” do atual técnico coral, porém, vem se contrapondo ao de Sérgio Guedes. Tanto na condução dos treinamentos, como na forma de lidar com os jogadores.

No próximo domingo, Canindé completa uma semana no Arruda. Nesses 11 dias de trabalho com o grupo coral, implantou um outro plano de ação para tentar alcançar o ainda tão sonhado acesso à Primeira Divisão. Canindé é popular. Fala a língua do povão até em entrevistas. Conversa com os atletas por gírias inerentes aos "boleiros". Grita. Solta palavrões. A sua estratégia organizacional é colocar os seus comandados no mesmo nível dele.

Guedes lidava com os jogadores tricolores de maneira distinta. Aproximava-se dos seus comandados, sim. Chegava a sentar no gramado com eles para tornar a relação mais franca. Contudo, o rebuscamento e excessiva polidez do seu discurso acabava se tornando, muitas vezes, um empecilho para o entendimento entre as partes.

No treino propriamente dito, Canindé preza por coletivos. Em praticamente todos os seus treinos, testa situações para o time. Tem prioridades táticas diferentes do antecessor. “Sérgio fazia um treino de muita movimentação, toque de bola. Canindé gosta de força, de time de mais pegada”, expôs o atacante Adilson. Com sua filosofia e convicções, sonha alto. “Se a gente se dedica e dá o melhor, a tendência é que coisas boas aconteçam”, falou Oliveira Canindé.