Santa Cruz

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Tentando vida nova no Santa, Betinho relembra de passado quase apagado pelo tempo no Náutico

Há 10 anos, atacante fazia parte de geração do Timbu que não despontou

postado em 27/02/2015 08:35 / atualizado em 27/02/2015 08:36

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Thiago Laranjeira, Diego, Paulinho, João Victor, Breno e Betinho. Os nomes não são estranhos para os torcedores do Náutico. Em 2005, o Alvirrubro teve uma geração promissora de pratas da casa. Mas hoje, dez anos depois, nenhum deles conseguiu ainda o estrelato esperado. O meio-campista João Victor foi quem chegou mais longe. Defende o Mallorca no Campeonato Espanhol. No Santa Cruz, o atacante Betinho tem também, de fato, um momento melhor que outros os ex-colegas. Tentando agora se consolidar de vez no Tricolor, o centroavante coral relembra do passado nos Aflitos, agora quase apagado pelo tempo.

Betinho não tem contato com quase mais ninguém da sua época nas categorias de base do Timbu. “Só tenho com Diego, que está no CSE, de Alagoas. Falo com ele de vez em quando por telefone. A gente fala da nossa vida e joga conversa fora”, disse. “Thiago Laranjeira, só quando eu encontro em algum jogo e vou jogar contra ele”,  completou sobre o meio-campista, que atualmente defende o Central no estadual.

Os mesmos laços rompidos com os colegas também foram quebrados com o Náutico. Depois de rodar por dez times diferentes do Brasil e um de Portugal (Gil Vicente) desde que deixou o Timbu pela primeira vez, Betinho, agora no rival, nutre respeito pelo clube que o revelou. Mas adota uma postura de neutralidade em relação ao Alvirrubro, em quem, inclusive, marcou o gol da vitória dos corais, por 2 a 1, no último Clássico das Emoções.  “Não tem sentimento. Não me incomoda fazer um gol. Já tinha até feito um gol neles em 2011, pelo Vila Nova, na Série B.”

Dos Aflitos, no entanto, guarda aprendizados que vai levar para o resto da carreira. Lições dadas pelo ex-atacante Kuki. “Ele foi uma inspiração para mim. Sempre estava junto da gente, dos meninos da base. Era o jeito dele mesmo de sempre ajudar os mais novos. Até hoje, né? Está lá no Náutico nessa função (assistente técnico), hoje. Sem dúvidas, ele me ajudou bastante na minha formação como atacante”, declarou.

Um novo reencontro está marcado para o próximo domingo, outra vez na Arena Pernambuco. Betinho pensa apenas em outra vitória. Quem sabe, novamente balançando as redes contra o ex-clube. "Vou dar o meu melhor.  A gente sabe que pode ganhar de novo."

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press