SANTA CRUZ
Pelas "vitórias do passado" e por título inédito do Nordestão, Santa Cruz encara o Campinense
O Amigão foi palco do início do ressurgimento tricolor no cenário Nacional, em 2011
postado em 30/04/2016 19:07 / atualizado em 30/04/2016 18:52
Caio Wallerstein /Diario de Pernambuco , Yuri de Lira /Diario de Pernambuco
Assim como está previsto para este domingo, uma multidão coral se fez presente no Amigão em 2011. No meio de tanta gente em preto, branco e vermelho, Diogo Nascimento e Bruno Voss poderiam imaginar que, cinco anos depois, voltariam ao estádio. O que talvez não passasse pelas cabeças deles são as circunstâncias vividas pelo Santa Cruz. De uma final inédita de Nordestão. Da chance de poder levar depois a países vizinhos do Brasil as cores tricolores, já que o título regional garante participações também inéditas nas duas próximas edições da Copa Sul-Americana.
Em 2011, o sofrimento deles, dos outros presentes no estádio, além dos outros milhares de torcedores corais, era para deixar os porões lancinantes do futebol país. Naquele 9 de outubro, não havia uma cabeça na arquibancada de visitante do Amigão sob a qual não rondasse o temor de ver o time mais um ano na Quarta Divisão. Agora, o sofrimento da torcida será para a consolidação como força regional. Sofrimento porque a pequena vantagem construída no duelo em casa com o Campinense e a atuação segura do adversário levam a crer que este novo jogo em Campina Grande será novamente com contornos dramáticos.
"A gente está num panorama diferente. É um momento histórico para o clube. Um momento de conseguir vaga numa competição internacional", exalta Diogo. Do alto de seus 26 anos, tem a chance de ver in loco a maior conquista dos 102 anos do Santa Cruz. Momento para ser dividido com outros 2 mil privilegiados que garantiram ingressos antecipadamente, no Recife.
Entre eles também estará Marcos Paulo Vasconcelos. Que, se não estava na “decisão” contra o Treze, ajudou o Santa a chegar lá, quando, também na Paraíba, mas na capital João Pessoa, apoiou o time na partida contra o Alecrim-RN, pela estreia da Série D de 2011. “Esse título de domingo é para consagrar essa evolução. E se ganhar, é festa até chegarem os jogadores”, brinca. Brincadeira misturada com seriedade. Embora não se arrisque a dizer que o título da Copa do Nordeste é obrigação, guarda na memória a crença de que a Paraíba traga, novamente, bons ventos ao Santa.
Adversário
Sem dizer como, o treinador Antônio Diá promete um Campinense mais ofensivo se comparado ao primeiro jogo da final contra o Santa Cruz, no Recife. O comandante, então, não descartou mudanças de peças na equipe rubro-negra e disse que pode acionar “jogadores que vão mais para cima”. A Raposa não tem nenhum desfalque para a decisão em Campina Grande.
Campinense-PB
Glédson; Negretti, Joécio, Tiago Sala e Danilo; Leandro Sobral, Magno, Filipe Ramon e Roger Gaúcho; Raul e Rodrigão. Técnico: Francisco Diá.
Santa Cruz
Tiago Cardoso; Vitor, Neris, Danny Morais e Tiago Costa; Uillian Correia, João Paulo (Leandrinho), Lelê, Keno e Arthur; Grafite. Técnico: Milton Mendes.
Local: Estádio Amigão (Campina Grande-PB)
Horário: 16h
Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA)
Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (Fifa-BA) e José Carlos Oliveira dos Santos (BA)