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Título estadual coloca Diego Souza na galeria de ídolos, mas meia deixa futuro aberto

Atleta conquista primeira taça no Leão, mas não garante que fica após oferta

postado em 29/06/2017 00:11 / atualizado em 29/06/2017 10:36

Peu Ricardo/DP
Ídolo, Diego Souza já era. Conquistou a admiração dos torcedores do Sport pelo talento desfilado nos gramados com a camisa rubro-negra e declarações de amor ao clube, defendendo-o sempre. Recentemente, inclusive, chegou a despertar interesse do Palmeiras e ainda pode deixar o clube. Veste, não por acaso, a mítica camisa 87, referência ao primeiro título nacional do clube. Mas faltava algo para ele. Justamente, um título. Lacuna que deixou de existir no fim da noite da quarta-feira 28 de junho de 2017. Diego Souza é campeão pelo Leão, mesmo que com uma interrogação no seu futuro.

“Vou comemorar muito aqui. É um dia feliz, dia especial. Não vou deixar nada atrapalhar o que tenho para viver hoje. Amanhã é um dia novo. Vamos ver o que vai acontecer", disse, chorando. "Hoje só quero comemorar. Dois anos que não tinha ganho um título aqui. Conquistei agora. Isso aqui para mim é importantíssimo", acrescentou.

Justamente por conta da identificação criada com o Sport, o título do Campeonato Pernambucano tem um sabor especial para o meia. Com ele, Diego carimba, de uma vez por todas, o seu nome na galeria dos maiores da história do clube pernambucano. É o ponto alto de quem já colecionava outros feitos.

Ele conduziu o Leão em sua melhor campanha na história do Campeonato Brasileiro de pontos corridos (6º colocado em 2015). Tornou-se o primeiro artilheiro do clube na Série A (14 gols na edição do ano passado). Levou as cores rubro-negras para a seleção brasileira, ao ser lembrado pelo técnico Tite nas últimas três convocações com quatro jogos em ação e dois gols marcados.

O título que acaba com a lacuna na trajetória de Diego no Sport é, acima de tudo, merecido. Hoje, Diego Souza é o principal artilheiro do time na temporada, com 13 gols em 28 partidas. No Campeonato Pernambucano, marcou três vezes em cinco partidas defendendo o Leão da Ilha. Dois deles em clássicos. Um contra o Santa Cruz, no Arruda, e outro diante do Náutico, já na semifinal, na Ilha do Retiro.

Importância reconhecida pelos companheiros. "Trata-se de um jogador de seleção e para nós, sem dúvida, ele é muito importante. Além disso, costuma ir bem em jogos decisivos e é um cara acostumado com títulos, assim como outros jogadores do nosso elenco, como Durval e Magrão", já havia destacado o lateral-direito Raul Prata.