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Com Pernambucana, equipe brasileira de vela é apresentada em clube do Rio de Janeiro

Velejadora Bruna Martinelli briga por uma vaga na Olimpíada na classe RS:X

postado em 29/07/2014 20:08 / atualizado em 29/07/2014 20:52

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Fred Hoffmann/CBVela

O Brasil só deve decidir os donos das vagas na Olímpiada do Rio de Janeiro na vela no início de 2016. Até lá, a competição está aberta dentro da equipe brasileira, formada por 30 atletas, os melhores em cada uma das 10 categorias olímpicas. Desde o início do ano, esse grupo vem recebendo total apoio da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), de equipamentos a ajuda financeira para participar das principais competições no mundo.

Nesta terça-feira, num clube em Niterói, no Rio de Janeiro, esse time foi apresentado oficialmente. De 2 a 9 de agosto, os 30 velejadores vão disputar o primeiro evento teste da vela, na Baía de Guanabara, raia onde será disputada a prova nos Jogos. O esporte sempre foi uma das principais esperanças brasileiras de medalha. Assim será em 2016. Por isso, diante da ambiciosa meta de chegar ao top 10 do quadro de medalhas, vem recebendo atenção especial.

Como país sede, o Brasil terá direito a uma vaga em cada categoria. A indicação será da CBVela, que avaliará os resultados dos atletas. O evento teste do Rio de Janeiro será uma competição importante, pois vai contar com os principais nomes do esporte no mundo, mas as avaliações já estão acontecendo desde o início do ano.

Entre os 30 nomes da equipe brasileira de vela está uma pernambucana. Bruna Martinelli é a esperança do estado para ir à Olimpíada. Ela compete na categoria RS:X e atualmente é a número dois do Brasil. Está atrás da carioca Patrícia Freitas, que foi a Londres-2012. Se quiser realizar o sonho olímpico, vai ter que superar a rival até 2016. “É uma disputa boa. Tudo vai contar para a vaga. Nosso desempenho vai ser analisado nesses dois anos”, contou.

Bruna está no Rio de Janeiro desde o dia 14. Treinar no local da competição é de extrema importância para um bom desempenho. “Está sendo muito bom, tem bastante gente treinando aqui. É importante conhecer a raia. Coisas como o vento e a correnteza fazem a diferença. Vai ser um campeonato bem difícil, com um nível alto”, disse a velejadora.

Como parte da equipe de vela, Bruna pôde participar de competições na europa, onde acumulou mais experiência na categoria. "Esse ano consegui ir a três etapas da Copa do Mundo. Também fui para o Europeu e em setembro estarei no Mundial da Isaaf (Federação Internacional de Vela). A realidade dos europeus ainda é distante, mas tenho um suporte grande com a equipe. Está sendo bom para mim”.

Poluição


A equipe brasileira não poupou críticas à raia da Baía de Guanabara e o principal ponto não mudou: a poluição. “É uma situação delicada, porque não deixa uma boa imagem para o Brasil. Nós já estamos acostumados, mas é uma coisa que pode prejudicar nossos atletas”, comentou o chefe da equipe, Torben Grael.

Perfil de alguns dos principais nomes da equipe brasileira de vela

Robert Sheidt
Laser

É o principal nome da equipe brasileira de vela e o mais experiente. Pode ser considerado o maior atleta olímpico brasileiro, com duas medalhas de ouro (classe Laser), duas de prata (Laser e Star) e uma de bronze (Star). Foi o único medalhista da vela em Londres-2012. Atualmente, ocupa a quinta colocação no ranking mundial, que chegou a liderar em boa parte do ano

Fernanda Oliveira e Ana Barbachan
470

A dupla se formou após a Olimpíada de Londres e até o momento é a principal favorita à vaga no Rio 2016. Os últimos resultados têm sido bastante positivos. No último ranking mundial divulgada, elas subiram cinco posições e aparecem na nona colocação

Ricardo Winicki, Bimba
RS:X

É também um velejador experiente, com três Olimpíadas no currículo, embora sem medalhas - esteve muito perto em Atenas-2004, quando deixou o ouro escapar, terminando na quarta colocação. Está novamente em grande fase, aparecendo na liderança do ranking mundial

Martine Grael e Kahena Kunze
49er

É uma dupla jovem (ambas têm 23 anos) e bastante promissora, que vem conquistando ótimos resultados recentemente. Podem ser a grande surpresa brasileira no Rio-2016. Na última atualização do ranking mundial, permaneceram na liderança

Equipe completa

Robert Scheidt – Laser Standard
Bruno Fontes – Laser Standard
Fernanda Decnop – Laser Radial
Maria Cristina Boabaid – Laser Radial
Jorge Zarif – Finn
Bruno Prada – Finn
Ricardo Santos – RS:XM
Albert Carvalho – TD: XM
Patricia Freitas – RS: XF
Bruna Martinelli – RS:XF
Henrique Haddad e Bruno Bethlem – 470M
Geison Mendes e Gustavo Thiessen – 470M
Fernanda Oliveira e Ana Barbachan – 470F
Renata Decnop e Isabel Swan – 470F
Dante Bianchi e Thomas Lowbeer – 49er
Marco Grael e Gabriel Borges - 49er
Martine Grael e Kahena Kunze – 49erFX
Juliana Senftt e Gabriela Nicolino – 49erFX
Clínio de Freitas e Claudia Swan – Nacra
Samuel Albrecht e Geórgia Rodrigues: Nacra