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Náutico perde em casa para o Ceará, segue no Z4 e liga alerta no Brasileiro da Série B

Outra vez, o clube alvirrubro saiu de campo sem fazer o primeiro gol nesta Série B, após três rodadas. Foi presa fácil para o Alvinegro, jogando na Arena

postado em 27/05/2017 18:26 / atualizado em 27/05/2017 19:18

Ricardo Fernandes/DP
É impossível analisar o jogo do Náutico neste sábado, contra o Ceará, na Arena Pernambuco, e evitar o senso comum. Mais uma vez, o time mostrou que precisa de reforços. Outra vez, saiu de campo sem fazer o primeiro gol nesta Série B, após três rodadas. Presa fácil para o Alvinegro, perdeu por 2 a 0. Foi o segundo revés no campeonato, primeiro dentro de casa. Continua no Z4. E o alerta ligado.

Bastou um minuto de jogo para o Náutico levar o primeiro susto. Falha da defesa alvirrubra, na frente de Magno Alves, mas Elton se atrapalhou ao receber o passe. Era um aviso do que seria o primeiro tempo. Desajustado, o Náutico estava perdido em campo. Sem ação ofensiva, cometendo muitas falhas na defesa, acabou deixando o adversário ficar com mais posse de bola. Sorte que o Ceará, embora mais organizado taticamente, também teve dificuldade para finalizar. O Alvinegro tentava, sobretudo, pelo lado direito, com o atacante Roberto, aproveitando as brechas que o Timbu deixou no setor esquerdo.

É bem verdade que, depois dos 20 minutos, o cenário da partida mudou um pouco. O Náutico começou a sair para o jogo, embora sem muita força ofensiva. E o duelo ficou equilibrado. Cabia a Erick o papel de tentar criar, mas até ele estava em um dia pouco inspirado. O duelço caminhava para um empate insosso no primeiro tempo. Até que apareceu a melhor chance. E ela foi do Náutico.

Aos 38 minutos, aproveitando um contra-ataque em alta velocidade, Anselmo  deicxou Erick na cara do goleiro Everson, que não teve outra alternativa, senão derrubar o atacante alvirrubro. Anselmo bateu o pênalti. E fez feio. Bateu (muito) pra cima. Estilo Roberto Baggio na final da Copa do Mundo de 1994. Mas como nada está tão ruim que não possa piorar, Erick sentiu uma dor e pediu para ser substituído antes do fim do primeiro tempo. “Assumo total responsabilidade. Nunca bati pênalti dessa forma. Uma hora ia acontecer. Infelizmente, aconteceu
agora”, lamentou Anselmo na saída para o vestiário.

Segundo tempo

O Náutico não melhorou na segunda etapa. Pelo contrário. Ainda mais acuado, assistiu ao Ceará dominar a partida. Mão fosse o goleiro Jefferson, o Timbu poderia ter levado dois gols em cinco minutos. Primeiro, ele defendeu uma cabeçada quase à queima-roupa de Roberto. Depois, o mesmo atacante do Ceará, absolutamente livre, chutou uma bola na entrada da pequena área. Jefferson espalmou com a ponta dos dedos e evitou o que seria um gol feito.

Aos 30 minutos, não teve milagre. Outra vez a defesa falhou, outra vez o atacante Roberto recebeu uma bola livre. Ele teve tempo para dominar a bola e soltar um foguete. Era o primeiro gol do Ceará. Mas o Alvinegro coninuou insistindo. Estava fácil fazer o segundo. E não deu outra. Aos 42 minutos, Felipe Menezes acertou um chute forte de fora da área. Dois a zero. Fim de jogo. E o pior: placar justo.

Ficha do jogo

Náutico
Jefferson; Tiago Alves, Nirley, Joazi, Amaral e Manoel; Rodrigo Souza,
J. Renam e Erick (Gerônimo); Jefferson Nem (Maílson) e Anselmo
(Alison). Técnico: Waldemar Lemos

Ceará

Everson; Romário, Luiz Otávio, Rafael Pereira e Tiago Cametá; Raul,
Pedro Ken e Wallace Pernambucano (Felipe Menezes); Magno Alves,
Roberto e Elton (Alex Amado). Técnico: Givanildo Oliveira.

Estádio: Arena de Pernambuco. Árbitro: Dyorgines Jose Padovani de
Andrade (ES). Assistentes: Fabiano da Silva Ramirez (ES) e Edson
Glicerio dos Santos (ES). Cartões amarelos: Everson, Pedro Kem e Alex Amado.
Público: 2.855 Renda: R$ 41.420,00.