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Breno Calixto avalia parceria com Feliphe Gabriel: 'Ele é o normal e eu sou o doido'

Mesmo com personalidades distintas, dupla de zaga vem ajudando o Náutico na briga para fugir da zona de rebaixamento no Brasileiro da Série B

postado em 18/08/2017 15:00 / atualizado em 18/08/2017 15:10

Léo Lemos/Náutico
Breno Calixto não é um zagueiro normal. Longe disso. Autêntico e de personalidade forte, em todas as entrevistas concedidas, o jogador se destaca por fugir do discurso recorrente do ‘buscar os três pontos, graças a Deus’. Desde que chegou ao Náutico para reforçar o clube na disputa da Série B, o zagueiro chamou a atenção pelo seu comportamento dentro e fora de campo. Desde as comemorações levando os companheiros ‘à lona’, até o relato de sua vida pregressa ao futebol, onde revelou detalhes da experiência como membro de torcida organizada. Nesta sexta-feira, o atleta voltou a chamar atenção ao comentar a parceria ao lado de Feliphe Gabriel na zaga timbu: “Ele é o normal e eu sou o doido.”

Do outro lado, palavras poucas e de menor impacto. Feliphe Gabriel mostra traços alheios aos do companheiro. Para Breno, essa mistura de personalidades distintas funciona como uma parceria ideal. E os números mostram que é um dos fatores que colaboram para o crescimento do Náutico na Série B. Todas as quatro vitórias do Timbu foram com a dupla em ação. Em dez jogos realizados, eles têm uma média de um gol sofrido a cada duas partidas.

“O Feliphe é um moleque que começou no profissional há pouco tempo. Eu tenho 25 anos e sou mais experiente. A gente sempre brinca que não pode ser dois doidos na zaga. Tem que ser um normal e um doido. Ele é o normal e eu sou o doido. Mas ele fala muito também em campo”, comentou Breno, antes de elogiar o companheiro. “É um cara sério, e isso é bom porque zagueiro pra mim tem que ser assim. Também me dei muito bem com Aislan e com Rafael, mas com o Feliphe estamos fazendo uma dupla boa e vamos continuar assim.”

Loucura que equilibra

Imagine um ambiente de pressão por resultados em seu ambiente de trabalho, onde você e sua equipe precisam bater uma meta poucas vezes atingida na história. Muito provavelmente a tensão será um problema se não houver um equilíbrio. Não é diferente em um elenco de futebol. Dezenas de personalidades distintas convivem com conflitos internos e externos. Para Breno, diferenças fundamentais para esse equilíbrio. “Tem que ter os loucos mesmo. Se for um time só de ‘santo’, não vai para lugar nenhum não. Tem que ter os loucos, os santos, os evangélicos, tem que ter tudo”, avalia.

Mas Breno Calixto não é o único atleta com um perfil diferenciado no elenco do Náutico. Apenas é o mais exposto. O zagueiro não fez segredo e ‘dedurou’ os companheiros que também fogem do perfil fora do comum na equipe. “Tem um bocado de doido aí, mas os caras se maquiam. Eu sou mais sincero, mas tem uns aí que vou te dizer… Tem o Diego Miranda, que às vezes você pensa que ele é santo, mas não é. O Vinícius também. O Ávila é meu parceiro… Eles são doidos assim, mas a gente tem um limite”, revelou Breno.

Breno Calixto e Feliphe Gabriel juntos

10 jogos
4 vitórias
3 empates
3 derrotas
5 gols sofridos
Média de um gol a cada dois jogos

Jogos da dupla

Guarani 2 x 1 Náutico
ABC 0 x 1 Náutico
Náutico 1 x 1 Juventude
Náutico 0 x 0 Santa Cruz
Paysandu 1 x 0 Náutico
Londrina 0 x 0 Náutico
Vila Nova 0 x 1 Náutico
Náutico 1 x 0 Luverdense
América-MG 1 x 0 Náutico
Náutico 2 x 0 Figueirense