Basquete

UniCeub/BRB não aproveita mando de quadra e perde para o Bauru no NBB

Depois de abrir a série das quartas de final com vitória no interior paulista, time de Brasília é derrotado duas vezes na Asceb. Próxima partida será no domingo, no ginásio Panela de Pressão

postado em 25/04/2017 23:55 / atualizado em 26/04/2017 10:56

A série das quartas de final entre UniCeub/BRB e Bauru não poderia ter começado melhor para o time da capital federal. Uma vitória fora de casa e a oportunidade de fechar a fase com um 3 x 0, já que as duas próximas partidas eram no ginásio da Asceb, era possível. Mas a força da torcida não foi o suficiente, e os Lobos perderam no domingo e nesta terça-feira (25/4). A terceira partida terminou com o placar marcando 85 x 76 para os visitantes. Assim, os paulistas abriram 2 x 1 na fase dos play-offs do Novo Basquete Brasil (NBB).

Minervino Junior/CB/D.A Press

Pela fase classificatória, o UniCeub/BRB fez o dever de casa ao se classificar no G-4 e ir direto às quartas de final, além de garantir mais mandos de campo na série melhor de cinco, caso necessite de todos os jogos. Contudo, os Lobos não fizeram valer a vantagem de jogar diante da própria torcida pela fase. Após vencer a primeira partida contra o Bauru, no interior paulista, perdeu as duas seguintes em casa. 
 
A partir do próximo domingo (30/4), às 18h30, quando será disputada a quarta partida da série, em Bauru, os brasilienses brigarão para quebrar um histórico favorável ao vencedor do terceiro jogo nas séries eliminatórias. Das 84 disputadas até as oitavas de final da atual temporada, 67 acabaram vencidas pelo time que levou a melhor no jogo 3. O aproveitamento chega a 79,8% por aqueles que saíram vitoriosos do terceiro jogo da série. Ao UniCeub/BRB restará tentar aumentar as estatísticas das 17 ocasiões em que os times que foram derrotados na terceira partida conseguiram, ainda assim, avançar nos play-offs.
 
Finalista das duas últimas edições do Novo Basquete Brasil (NBB), o Bauru costuma mandar os jogos do time no ginásio chamado de Panela de Pressão, no interior paulista. Pois, ontem, foi a Asceb, na capital federal, que virou um caldeirão em função da vibração da torcida para o UniCeub/BRB. O público presente foi de 1.042 pessoas, sendo 742 pagantes. Embora o barulho contagiasse todo o ginásio desde a entrada dos jogadores em quadra para o aquecimento, o UniCeub/BRB não conseguiu refletir a animação e deixou a vitória escapar.
 
Minervino Junior/CB/D.A Press
 
 
O time saiu do primeiro quarto com 11 pontos atrás, por 14 x 25. Antes do término do quarto, o técnico Bruno Savignani lançou Jefferson do banco de reservas à quadra. Neste momento, o xará dele do lado do Bauru já apontava 10 pontos dos 14 tentados. Antes do fim do primeiro quarto, surgiu apenas uma oportunidade ao jogador da equipe brasiliense de tentar a cesta e anotar dois pontos.
 
Ao fim do primeiro tempo, o Jefferson que veste a camisa 11 da equipe do interior paulista era o maior pontuador, com 14 acertos em 24 tentados, o que lhe dava 58,3% de aproveitamento em 15 minutos em quadra. Enquanto isso, o camisa 3 do UniCeub/BRB fazia o ginásio se levantar para impulsionar a equipe a encostar no placar. Em nove minutos de atuação, Jefferson marcou 9 pontos, mantendo 100% de aproveitamento. A desvantagem passou para apenas quatro pontos, por 36 x 40.
 
No intervalo, porém, não fez bem ao time da casa. O desempenho voltou a cair diante da melhor defesa do campeonato e o Brasília viu o Bauru se distanciar um pouco mais, por 54 x 60. Com muita dificuldade de reverter os ataques, o elenco passou a apostar mais na garra dos atletas do que em jogadas bem armadas. 
 

Um Alex de cada lado 

Uma das duplas de xarás do duelo era formada por Alex em cada time. Por coincidência, cada um deles já atuou pela equipe adversária anteriormente. O ala Alex Oliveira, do elenco brasiliense, atuou por três temporadas pelo Bauru. No jogo, ele teve atuação apagada, com apenas dois pontos e nenhuma assistência. Já o Alex Garcia, ídolo do UniCeub/BRB nos sete anos que esteve por aqui, foi novamente decisivo. Acabou como maior pontuador do Bauru, com 22 pontos — um a menos do cestinha da partida Lucas Mariano, do time de Brasília, com 23 pontos. O camisa 10 do time paulista não deu a mínima para as vaias que recebeu na Asceb e ainda deu três assistências. 

Das arquibancadas, os torcedores brasilienses se esgoelavam como podiam. A cortina da distração, colocada atrás da cesta adversária para atrapalhar os lances livres, até funcionou — além de divertir o público, claro. A artimanha tirou 11 dos 34 pontos que o Bauru tentou no lance livre, deixando os visitantes com aproveitamento de 67,6%. Não foi suficiente. Restando cinco minutos para o fim do jogo, a diferença no placar voltara a saltar para 11 pontos. O Time de Lobos não teve fôlego para buscar o jogo, que terminou com a segunda derrota em casa nos play-offs.
 
"Não tem jogo perdido, a gente tem que saber disso. Agora, temos que levantar a cabeça. O próximo jogo, no domingo, é tudo ou nada para a gente", definiu o pivô Lucas Mariano, do UniCeub/BRB. "A diferença de hoje foram os contra-ataques rápidos, com jogadas mais inteligentes da nossa parte. Temos que repetir isso com mais força no próximo jogo", analisou Alex, do Bauru.