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POLÍTICA ESPORTIVA

Antes de entregar legado da Copa, ministro promete antecipar benefícios dos Jogos Olímpicos

Aldo Rebelo nega atrasos de obras prometidas no Mundial, mas fala em aprendizado para evitar problemas em 2016

postado em 19/11/2014 19:22 / atualizado em 19/11/2014 19:45

Amanda Martimon

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Convidado, pela Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (19/11), para falar da organização dos Jogos do Rio 2016 e do balanço da Copa do Mundo, o ministro do Esporte Aldo Rebelo anunciou que parte do legado da Olimpíada será adiantado. Evitando falar nos atrasos enfrentados na organização do Mundial, ele voltou a defender os estádios em estados sem tradição no futebol e fez críticas a gestão de algumas confederações.

“Nós estamos antecipando o legado olímpico, não apenas algumas obras de mobilidade no Rio de Janeiro, mas principalmente obras de infraestrutura para a prática esportiva”, disse. Ainda este ano, Aldo afirmou que serão entregues dois espaços esportivos, um centro olímpico no Ceará e um paralímpico em São Paulo, além de centros de iniciação à prática esportiva e quadras esportivas em escolas públicas.

Questionado, porém, sobre as obras ainda não concluídas prometidas como legado do Mundial no país, o ministro negou que exista atraso. “As obras da Copa que estavam na Matriz (de Responsabilidade) foram todas entregues”, minimizou. Às vésperas do Mundial, muitos dos empreendimentos chamados de legado foram retirados do documento e transferidos para o PAC (Programa de Aceleramento do Crescimento). A estratégia manteve o financiamento da Caixa Econômica Federal, já que as obras listadas na Matriz precisavam estar prontas até o evento para contar com o apoio.

Com a insistência no tema e os exemplos de atrasos da Copa, o ministro criticou a cobertura da imprensa durante a competição, mas reconheceu que a experiência de atrasos servirá de exemplo para os Jogos do Rio. “Nós sabemos que, por exemplo, o tempo da entrega dos estádios, principalmente, poderia ter tido mais rigor, para que os eventos teste pudessem ser realizados dentro do prazo da Fifa. Estamos levando em conta esse aprendizado para que esse problema não ocorra no caso das obras da Olimpíada”, ponderou.