Em clima ameno, deputados evitam temas polêmicos em audiência com ministro do Esporte
Jogos Olímpicos e balanço da Copa do Mundo ficam em segundo plano durante encontro. Entre trocas de gentilezas, teve até 'parabéns' para Eurico Miranda
A oportunidade dos deputados federais de cobrar do Ministério do Esporte informações sobre prazos das obras dos Jogos do Rio e a prestação do balanço da Copa do Mundo, nesta quarta-feira (19/11), saiu de cena para uma tarde de parabenizações, no plenário 4, da Câmara dos Deputados.
Ministro parabenizou Romário pela vitória de Eurico Miranda nas eleições do Vasco
Entre felicitações do ministro aos parlamentares reeleitos, sobrou gentileza até para a volta de Eurico Miranda à presidência do Vasco. “Soube que o seu candidato venceu, parabéns, Romário”, disse ao futuro senador.
Assim, o debate ficou em segundo plano. Mesmo Romário, um dos maiores críticos da organização do Mundial, se conteve em alfinetadas a terceiros, como a Fifa e a CBF. O futuro senador saiu uma hora antes do fim da audiência, mas evitou temas polêmicos com a pasta de Esporte.
Novamente, o ministro Aldo Rebelo saiu em defesa dos estados sem tradição no esporte que sediaram a Copa do Mundo. “Claro que teve críticas em fazer estádio em Cuiabá. Eu falei que o estado de Mato Grosso não fazia como os ditos estados ricos que gastam fora do país. Ele gera 60% do superávit primário e, por isso, pode sim organizar quatro jogos da Copa”, argumentou à favor da Arena Pantanal -- que custou mais de R$ 640 milhões.
Após a declaração, nenhum dos deputados questionou os preços dos estádios. Em resposta à observação do ministro de que “o estádio já recebeu vários times importantes, só falta o mais importante deles”, os parlamentares apenas lembraram a paixão do ministro pelo Palmeiras, que estreia seu novo estádio, o Allianz Parque, hoje, contra o Sport.
Renegociação das dívidas Sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, projeto que renegocia a dívida dos clubes, Aldo Rebelo afirmou que o Ministério do Esporte ainda está fechando os “detalhes finais da proposta” com a Casa Civil e a Fazenda. Sem acordo na Câmara e com interferências da presidente Dilma, que recebeu representantes dos clubes e dos jogadores, não houve consenso entre os parlamentares e o tema segue sendo debatido em reuniões fora do Congresso. O mais provável é que a proposta só seja votada em 2015.
