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POLO AQUÁTICO

Jogadoras de Brasília organizam inédito torneio feminino de polo aquático

Competição receberá convidadas do Rio e de São Paulo para compor equipes

Claudia Heusi/Divulgação

Março, conhecido como mês das mulheres, reúne várias ações que visam valorizar a atuação feminina em diversos meios. Não seria diferente dentro do esporte. A Copa Cerrado de Polo Aquático Feminino, idealizada por jogadoras da seleção brasiliense, tem como objetivo trazer visibilidade às mulheres nas atividades esportivas. Realizada pela primeira vez no DF e aberta ao público, a competição acontece entre 23 e 26 de março.

Jamila Guimarães, 28 anos, é uma das quatro jogadoras que buscam por mais espaço da modalidade em Brasília. Segundo ela, as atletas jogam a bastante tempo e sentem falta de competições realizadas na cidade. A maioria dos torneios acontecem fora da capital e os da cidade são em grande parte masculinos. “As meninas geralmente ficam em menor quantidade nos esportes e por isso falta espaço para nós”, relata. Na competição foram inscritas atletas ao invés de times. “Nunca aconteceu aqui em Brasília nesses moldes”, afirma.  

Ao todo, 36 mulheres foram inscritas para a competição. Algumas vêm até de fora do DF. Jogadoras do Rio de Janeiro e São Paulo ajudam a compor as três equipes formadas para disputar sete jogos. A idade é variada e o nível de competição também. Há iniciantes, como Issara Anemoon de 14 anos, e profissionais, como a medalhista de bronze nos Jogos Pan-americano de 2003, Ana Carolina Vasconcelos. “Quem montou os times foi o técnico Deivisson que já conhece a maioria das meninas e buscou equilibrar da melhor maneira”, explica Jamila.

A advogada e jogadora amadora já tentou segui o caminho profissional no polo aquático, mas a experiência não foi bem sucedida. “Infelizmente, o polo aquático no Brasil ainda é um esporte amador”, avalia. Ela chegou a jogar pelo Santos e Botafogo e compara a organização do esporte em outros estados. “São outras estruturas de clube e de incentivo ao esporte”, reconhece. Ela relembra que em 1990, época em que começou a praticar, o DF tinha quatro times femininos. Para ela, o que falta é o incentivo e a criação de um categoria de base. “Essa renovação é muito importante e falta nos clubes que temos aqui”, completa.

1ª Copa Cerrado Feminino de Polo Aquático
Entrada gratuita

Dias 23 e 24: Iate Clube de Brasília, das 20h30 às 21h30
Dia 25: Centro de Capacitação Física do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, das 10h às 12h30 e das 14h30 às 15h30
Dia 26: Centro de Capacitação Física do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, das 9h às 12h30
Mais informações: (61) 99146-9532