Fatos marcantes da gestão de Glauber Vasconcelos no Náutico

Com biênio 2014/15 foi bastante tumultuado, presidente que entrou como esperança de novos tempos para o Timbu acabou frustrando grande parte da torcida. Em imagens, confira os fatos mais marcantes da gestão de Glauber Vasconcelos no Náutico

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11 de dezembro de 2015 - 18:08
  • Em 15 de dezembro de 2013, Glauber Vasconcelos foi eleito presidente do Náutico, juntamente com os vices Gustavo Ventura e Durval Valença Filho, com ampla vantagem nas urnas. O engenheiro teve mais de 73% dos votos, contra 21% de Marcílio Sales e 3% do candidato da situação, Alexandre Homem de Melo. O sucessor de Paulo Wanderley tinha a dura missão de resgatar um clube em declínio financeiro e que vinha de um rebaixamento humilhante na Série A. Esperança da torcida do Náutico, Glauber prometia uma gestão transparente, com frequentes prestações de contas e contato direto com os sócios. Também dizia ter um patrocinador master fechado para o clube, algo que, dois anos depois, ainda não se concretizou.
  • A campanha do Náutico nas primeiras competições de 2014 começou terrível. Ainda sofrendo com o rombo financeiro deixando pelas gestões anteriores, o time teve grande dificuldade para contratar atletas. Restou ao Timbu trazer jogadores por indicação do técnico Lisca. Exemplos de Rodrigo Possebon, Gerley, Hugo, Marcelinho e Zé Mário. Graças a isso, amargou eliminações precoces na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil. No Estadual, ainda conseguiu chegar à final, mas foi derrotado pelo rival Sport, na Arena Pernambuco, e ficou com o vice.
  • Nos meses de maio e junho de 2014, a crise política do Náutico culminou com a saída de duas figuras importantes do clube. A primeira foi Lisca, que, mesmo respaldado por torcida e diretoria, entregou o cargo em maio, em meio a um bom início de Série B do Alvirrubro. Depois dele, passariam pelo cargo Sidney Moraes e Dado Cavalcanti. A segunda foi o gerente de futebol Lúcio Surubim, com quem ventila-se que Lisca tinha um atrito. Este último, no Timbu desde agosto de 2013, foi desligado pela diretoria.
  • Um dos pontos mais celebrados da gestão de Glauber, a parceria entre Náutico e Umbro foi firmada no primeiro semestre da sua gestão. O primeiro jogo do Timbu após a parada da Copa do Mundo de 2014 teve a estreia do novo padrão do clube. Desde então, a marca inglesa tem sido elogiada pelas camisas confeccionadas para o Alvirrubro.
  • Em novembro, na reta final da Série B, um fato curioso marcou os bastidores do clube: durante uma viagem a Natal, o técnico Dado Cavalcanti precisou pagar uma refeição para os jogadores. A polêmica foi explicada por Glauber, que afirmou que Dado foi ressarcido assim que a delegação retornou ao Recife. O que gerou mal estar, porém, foi o fato de que o dirigente estava em Miami, de férias, durante o ocorrido.
  • Durante todo o mandato de Glauber, a relação com o Conselho Deliberativo do Náutico, capitaneado por opositores à sua gestão, foi sempre turbulenta. Num dos episódios marcantes, no final de 2014, o CD decidiu negar o pedido da diretoria executiva de utilizar a receita proveniente do contrato com a Arena Pernambuco como garantia para um empréstimo de R$ 6 milhões, para sanar dívidas da gestão anterior. Após a reunião, cercada de tensão, a torcida protestou no clube e teve que ser acalmada pelo presidente.
  • Após um 2014 sem conquistas, a gestão de Glauber Vasconcelos iniciava seu segundo ano tentando não repetir os erros cometidos. Como, por exemplo, ter contratado quase 60 atletas em apenas uma temporada. Ainda assim, algumas falhas se repetiram. Por exemplo, a contratação de atletas que sequer atuaram pelo clube, como Bernardo e Leandro Euzébio, ou outros com histórico de lesão. Só no Pernambucano, dois atletas tiveram problemas nos ligamentos do joelho: Jefferson Renan e Ronny. O zagueiro Elivélton também sofreu com um rompimento do tendão de aquiles.
  • 'Amigos, e o Santa Cruz?': No início do ano, vazou para o público um áudio do presidente alvirrubro, comentando a situação financeira do Santa Cruz e insinuando que a imprensa receberia dinheiro de gestões passadas do time. O áudio acabou gerando uma repercussão negativa sobre o presidente, já bastante pressionado pelos erros na gestão.
  • O primeiro semestre de 2015 terminou de forma desastrosa para o Náutico. Foram duas eliminações para o Salgueiro, uma no Nordestão e outra no Pernambucano, demissão de técnico e uma crise interna forte, devida principalmente ao péssimo elenco. Na segunda eliminação, no Estadual, o presidente se exaltou e, ainda no gramado do Cornélio de Barros, fez duras críticas ao árbitro Nielson Nogueira. Pouco depois, com uma licença médica, anunciou seu afastamento do clube para tratar da saúde.
  • Mesmo afastado do clube, Glauber foi processado pelo ex-presidente alvirrubro, Paulo Wanderley, que ganhou a ação por danos morais impetrada contra o mandatário. A sentença o obrigava a pagar uma multa de R$ 5 mil se retratar publicamente, nos meios de comunicação das acusações de fraude e locupletamento feitas à gestão de Wanderley, que comandou o Náutico no biênio 2012/2013.
  • Em setembro, após um jogo entre Paysandu e Santa Cruz no estádio do Arruda, a sede do Náutico acabou virando palco de uma verdadeira guerra entre torcidas organizadas dos dois clubes, além da do próprio Náutico. Na ocasião, a diretoria alvirrubra acabou sendo culpada por ter deixado os torcedores entrarem no clube. Circulou também uma foto na qual torcedores com a camisa do Paysandu apareciam na sede da Av. Rosa e Silva ainda de tarde, antes da partida. Em entrevista coletiva no dia seguinte à confusão, Glauber negou o fato prometeu instaurar uma comissão para apurar os atos de vandalismo.
  • Após passar quase um ano e meio entre idas e vindas por conta de uma lesão, o meia Pedro Carmona voltava de um tratamento de um mês no Corinthians, se dizendo 100% fisicamente. Seria um grande reforço para a reta final de Série B do Náutico. Seria, se o Náutico não tivesse demitido o jogador. O fato gerou insatisfação no elenco e até hoje é mal explicado, já que a própria diretoria do Timbu afirmou que a demissão não se deu por questões clínicas.
  • No momento em que o Náutico começava a viver um clima de disputa eleitoral, veio à tona um projeto para o novo estatuto do clube. O documento, feito por um Conselho Deliberativo que se opunha à gestão do MTA, causou discórdia entre setores do Alvirrubro, dados os pontos polêmicos de sua redação. Entre eles, a necessidade de as chapas inscritas para a eleição do executivo precisarem de um 'filtro' do próprio Conselho Deliberativo. Após ter passado por várias mudanças e ter sido derrotado na primeira votação, o estatuto foi, enfim, aprovado pelos sócios alvirrubros.
  • A três dias da eleição no Náutico, o empresário do atacante Juan Manuel Olivera acusou o Timbu de ter falsificado assinaturas para se livrar de uma dívida com o atacante, que jogou no clube em 2013. Segundo Miguel Gareppe, o acordo firmado entre Náutico e Olivera para pagamento de dívidas não fui cumprido. Quando foi recorrer à Fifa, disse ter percebido documentos falsificados. Glauber negou as acusações e disse que os advogados que representam o Timbu na entidade estão entrando com um pedido de perícia dos documentos.
  • Prestes a entregar o mandato do Náutico no biênio 2016/17 para Edno Melo ou Marcos Freitas, Glauber realizou uma entrevista coletiva na qual expôs um balanço da sua gestão. Evitando falar de pontos polêmicos, ele afirmou que deixa o clube para o próximo presidente com novas fontes de receita, além de cotas maiores de televisão e alguns acordos trabalhistas sanados.

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  • Edvaldo Rodrigues/DP
    Em 15 de dezembro de 2013, Glauber Vasconcelos foi eleito presidente do Náutico, juntamente com os vices Gustavo Ventura e Durval Valença Filho, com ampla vantagem nas urnas. O engenheiro teve mais de 73% dos votos, contra 21% de Marcílio Sales e 3% do candidato da situação, Alexandre Homem de Melo. O sucessor de Paulo Wanderley tinha a dura missão de resgatar um clube em declínio financeiro e que vinha de um rebaixamento humilhante na Série A. Esperança da torcida do Náutico, Glauber prometia uma gestão transparente, com frequentes prestações de contas e contato direto com os sócios. Também dizia ter um patrocinador master fechado para o clube, algo que, dois anos depois, ainda não se concretizou.
  • Paulo Paiva/DP
    A campanha do Náutico nas primeiras competições de 2014 começou terrível. Ainda sofrendo com o rombo financeiro deixando pelas gestões anteriores, o time teve grande dificuldade para contratar atletas. Restou ao Timbu trazer jogadores por indicação do técnico Lisca. Exemplos de Rodrigo Possebon, Gerley, Hugo, Marcelinho e Zé Mário. Graças a isso, amargou eliminações precoces na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil. No Estadual, ainda conseguiu chegar à final, mas foi derrotado pelo rival Sport, na Arena Pernambuco, e ficou com o vice.
  • Paulo Paiva/DP
    Nos meses de maio e junho de 2014, a crise política do Náutico culminou com a saída de duas figuras importantes do clube. A primeira foi Lisca, que, mesmo respaldado por torcida e diretoria, entregou o cargo em maio, em meio a um bom início de Série B do Alvirrubro. Depois dele, passariam pelo cargo Sidney Moraes e Dado Cavalcanti. A segunda foi o gerente de futebol Lúcio Surubim, com quem ventila-se que Lisca tinha um atrito. Este último, no Timbu desde agosto de 2013, foi desligado pela diretoria.
  • Paulo Paiva/DP
    Um dos pontos mais celebrados da gestão de Glauber, a parceria entre Náutico e Umbro foi firmada no primeiro semestre da sua gestão. O primeiro jogo do Timbu após a parada da Copa do Mundo de 2014 teve a estreia do novo padrão do clube. Desde então, a marca inglesa tem sido elogiada pelas camisas confeccionadas para o Alvirrubro.
  • Allan Torres/DP
    Em novembro, na reta final da Série B, um fato curioso marcou os bastidores do clube: durante uma viagem a Natal, o técnico Dado Cavalcanti precisou pagar uma refeição para os jogadores. A polêmica foi explicada por Glauber, que afirmou que Dado foi ressarcido assim que a delegação retornou ao Recife. O que gerou mal estar, porém, foi o fato de que o dirigente estava em Miami, de férias, durante o ocorrido.
  • Paulo Paiva/DP
    Durante todo o mandato de Glauber, a relação com o Conselho Deliberativo do Náutico, capitaneado por opositores à sua gestão, foi sempre turbulenta. Num dos episódios marcantes, no final de 2014, o CD decidiu negar o pedido da diretoria executiva de utilizar a receita proveniente do contrato com a Arena Pernambuco como garantia para um empréstimo de R$ 6 milhões, para sanar dívidas da gestão anterior. Após a reunião, cercada de tensão, a torcida protestou no clube e teve que ser acalmada pelo presidente.
  • Ricardo Fernandes/DP
    Após um 2014 sem conquistas, a gestão de Glauber Vasconcelos iniciava seu segundo ano tentando não repetir os erros cometidos. Como, por exemplo, ter contratado quase 60 atletas em apenas uma temporada. Ainda assim, algumas falhas se repetiram. Por exemplo, a contratação de atletas que sequer atuaram pelo clube, como Bernardo e Leandro Euzébio, ou outros com histórico de lesão. Só no Pernambucano, dois atletas tiveram problemas nos ligamentos do joelho: Jefferson Renan e Ronny. O zagueiro Elivélton também sofreu com um rompimento do tendão de aquiles.
  • Julio Jacobina/DP
    'Amigos, e o Santa Cruz?': No início do ano, vazou para o público um áudio do presidente alvirrubro, comentando a situação financeira do Santa Cruz e insinuando que a imprensa receberia dinheiro de gestões passadas do time. O áudio acabou gerando uma repercussão negativa sobre o presidente, já bastante pressionado pelos erros na gestão.
  • George Fernandes / Supramax
    O primeiro semestre de 2015 terminou de forma desastrosa para o Náutico. Foram duas eliminações para o Salgueiro, uma no Nordestão e outra no Pernambucano, demissão de técnico e uma crise interna forte, devida principalmente ao péssimo elenco. Na segunda eliminação, no Estadual, o presidente se exaltou e, ainda no gramado do Cornélio de Barros, fez duras críticas ao árbitro Nielson Nogueira. Pouco depois, com uma licença médica, anunciou seu afastamento do clube para tratar da saúde.
  • Ricardo Fernandes/DP
    Mesmo afastado do clube, Glauber foi processado pelo ex-presidente alvirrubro, Paulo Wanderley, que ganhou a ação por danos morais impetrada contra o mandatário. A sentença o obrigava a pagar uma multa de R$ 5 mil se retratar publicamente, nos meios de comunicação das acusações de fraude e locupletamento feitas à gestão de Wanderley, que comandou o Náutico no biênio 2012/2013.
  • Roberto Ramos/DP
    Em setembro, após um jogo entre Paysandu e Santa Cruz no estádio do Arruda, a sede do Náutico acabou virando palco de uma verdadeira guerra entre torcidas organizadas dos dois clubes, além da do próprio Náutico. Na ocasião, a diretoria alvirrubra acabou sendo culpada por ter deixado os torcedores entrarem no clube. Circulou também uma foto na qual torcedores com a camisa do Paysandu apareciam na sede da Av. Rosa e Silva ainda de tarde, antes da partida. Em entrevista coletiva no dia seguinte à confusão, Glauber negou o fato prometeu instaurar uma comissão para apurar os atos de vandalismo.
  • Rafael Brasileiro/DP
    Após passar quase um ano e meio entre idas e vindas por conta de uma lesão, o meia Pedro Carmona voltava de um tratamento de um mês no Corinthians, se dizendo 100% fisicamente. Seria um grande reforço para a reta final de Série B do Náutico. Seria, se o Náutico não tivesse demitido o jogador. O fato gerou insatisfação no elenco e até hoje é mal explicado, já que a própria diretoria do Timbu afirmou que a demissão não se deu por questões clínicas.
  • Roberto Ramos/DP
    No momento em que o Náutico começava a viver um clima de disputa eleitoral, veio à tona um projeto para o novo estatuto do clube. O documento, feito por um Conselho Deliberativo que se opunha à gestão do MTA, causou discórdia entre setores do Alvirrubro, dados os pontos polêmicos de sua redação. Entre eles, a necessidade de as chapas inscritas para a eleição do executivo precisarem de um 'filtro' do próprio Conselho Deliberativo. Após ter passado por várias mudanças e ter sido derrotado na primeira votação, o estatuto foi, enfim, aprovado pelos sócios alvirrubros.
  • Ricardo Fernandes/DP
    A três dias da eleição no Náutico, o empresário do atacante Juan Manuel Olivera acusou o Timbu de ter falsificado assinaturas para se livrar de uma dívida com o atacante, que jogou no clube em 2013. Segundo Miguel Gareppe, o acordo firmado entre Náutico e Olivera para pagamento de dívidas não fui cumprido. Quando foi recorrer à Fifa, disse ter percebido documentos falsificados. Glauber negou as acusações e disse que os advogados que representam o Timbu na entidade estão entrando com um pedido de perícia dos documentos.
  • Nando Chiappetta/DP
    Prestes a entregar o mandato do Náutico no biênio 2016/17 para Edno Melo ou Marcos Freitas, Glauber realizou uma entrevista coletiva na qual expôs um balanço da sua gestão. Evitando falar de pontos polêmicos, ele afirmou que deixa o clube para o próximo presidente com novas fontes de receita, além de cotas maiores de televisão e alguns acordos trabalhistas sanados.
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