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AUTOMOBILISMO

Obra adiada complica preparação do Autódromo para a Fórmula Indy

Reforma do Autódromo, que estava prevista para agosto, só começará em novembro

postado em 27/08/2014 10:54 / atualizado em 27/08/2014 12:20

Maíra Nunes - Especial para o Correio

Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press

A reforma do Autódromo Internacional Nelson Piquet começaria no mês de agosto, mas terá de esperar mais um pouco. A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) adiou o começo dos trabalhos até novembro, quando restarão aproximadamente 120 dias para o local receber a Fórmula Indy, em 8 de março.

Quando Brasília foi anunciada como sede da etapa de abertura da competição internacional, em março deste ano, o início das obras estavam previstas para agosto. O mês está acabando, mas nem sequer a elaboração do projeto foi finalizada.

A reformulação não deve ser modesta. O primeiro desenho do projeto do novo autódromo, elaborado pelo engenheiro André Araújo, previa mudanças em quase todo o traçado. Nele, apenas duas curvas seriam mantidas em relação ao circuito original. O tempo para tirar os planos do papel, porém, será ainda menor que o imaginado.

Desde o primeiro semestre deste ano, o piloto brasiliense Vitor Meira adverte para o curto prazo reservado às obras. “O projeto muda muitas coisas e, se for seguir à risca, vai demorar bastante”, ressalta. A tranquilidade do piloto ao comentar sobre o assunto, no entanto, indica uma segunda estratégia. “Hoje, eu estou menos preocupado porque sei que a reforma vai priorizar as exigências da Fórmula Indy”, observa.

Vitor Meira acredita que a reforma será dividida em etapas. A primeira visa cumprir os requisitos da Indy. “É uma categoria que não exige muito, o principal é ter uma pista boa e segura, com áreas de escape. As instalações de boxes, de mídia e de outros tipos podem ser resolvidas com estruturas provisórias”, explica.

O piloto não crê que Brasília corre o risco de perder a oportunidade de receber a Indy. No entanto, lamenta que a cidade não possa se aproveitar tanto dos benefícios posteriores. “A Indy deve atrair o interesse de outras categorias em vir para Brasília, mas será necessário protelar a vinda de outras corridas para que as obras possam ser retomadas até serem de fato concluídas”, pondera.