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AUTOMOBILISMO

Liminar cancela contrato entre GDF e organizadora da Fórmula Indy

Emissora que organiza a corrida no Brasil afirma que vai recorrer judicialmente

postado em 30/01/2015 19:33 / atualizado em 30/01/2015 22:15

Jéssica Raphaela /Correio Braziliense , Naira Trindade /Correio Braziliense

Carlos Vieira/CB/D.A Press

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) soltou, nesta sexta-feira (30/1) liminar que cancela o contrato entre o Governo do Distrito Federal e a organizadora da Fórmula Indy. Sem papel timbrado, sem data e sem assinatura de testemunhas, o documento assinado em março pelo ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz não tem valor legal. Com isso, o GDF ganha argumentos para não arcar com a multa estimada em R$ 70 milhões pelo cancelamento da prova.

A emissora detentora dos direitos de imagem, e organizadora da etapa brasileira, não está satisfeita com a questão e anunciou que vai acionar a Justiça para receber a multa. Caso não consiga, ela terá que pagar à IndyCar, dona da marca internacional, a pena recisória e ainda uma multa por perdas e danos. "A emissora espera ser ressarcida de suas perdas em toda sua extensão", comunicou em nota ao Correio.

A IndyCar, por sua vez, publicou comunicado alegando estar "economicamente protegido". Segundo o representante da marca no Brasil, Willy Hermann, o ocorrido causa diversos danos à imagem do Brasil no exterior. "Não só a Indy, mas a credibilidade do Brasil fica abalada para diversos eventos. Olimpíadas, shows, tudo", afirmou ao Correio.

A etapa de abertura da Fórmula Indy seria seria realizada no autódromo Nelson Piquet em 8 de março. O evento foi cancelado nessa quinta-feira (29/1), a menos de dois meses da prova. O anúncio de cancelamento foi feito pela Terracap, que alegou seguir recomendações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Segundo o órgão, o contrato não é válido e a multa não pode recair sobre o governo local. A recomendação ainda cita irregularidades nos contratos e licitações de reforma do autódromo, que segue paralisada.