Basquete

BASQUETE

Seleção Brasileira quer manter boa campanha no Mundial da Espanha

Na competição, que começa no sábado, Seleção tentará manter a escrita de fazer boas campanhas no torneio, com ao menos 50% dos jogadores de clubes brasileiros

postado em 28/08/2014 11:28 / atualizado em 28/08/2014 11:32

Vítor de Moraes /Correio Braziliense

Mark Ralston/AFP - 2/8/12
Quanto mais reforços de jogadores que atuam no Brasil, melhor para a Seleção. Essa parece ser uma boa fórmula da equipe nos mundiais de basquete. Ao menos foi assim nos últimos três torneios. Desde 2002, o time verde-amarelo alcançou resultados mais expressivos quando, no mínimo, 50% do elenco jogava no país. A campanha de 1998, 100% “brasileira”, fugiu à regra. Mas aquele ano, quando a Seleção ficou na 10ª posição, na Grécia, marcou o fim de uma geração que tinha Demétrius, Pipoka e Ratto. A partir de sábado, o grupo, composto agora por metade de atletas de clubes nacionais, tentará manter a escrita.

O Brasil estreia na Copa do Mundo da Espanha, em Granada, às 13h, contra a França. Em quadra e no banco do técnico Rubén Magnano, seis atletas defendem times brasileiros: Alex, Larry Taylor, Rafael Hettsheimeir (Bauru), Marcelinho, Marquinhos (Flamengo) e Guilherme Giovannoni (UniCeub/BRB). O restante atua na Europa e na NBA.

Em 2002, o então treinador da Seleção, Hélio Rubens, iniciou uma renovação na equipe. Desafiando a Confederação Brasileira de Basquete (CBB), avessa às mudanças, o comandante deixou para trás nomes conhecidos dos fãs e convocou jovens talentos, como Alex, Giovannoni e Varejão. No fim das contas, aquele grupo foi formado por 66,6% de jogadores de times do Brasil. Em Indiana (EUA), a Seleção terminou no oitavo lugar.

Coincidentemente ou não, o sucesso de Rubens não se repetiu com Lula Ferreira. O substituto chamou os protagonistas do selecionado anterior quatro anos depois. Daquela vez, no entanto, o número de atletas atuantes em outros países foi maior. A fatia do Brasil acabou sendo de 41,6% . O destino e os adversários foram implacáveis: os espectadores japoneses viram a Seleção voltar para casa apenas com a 17ª colocação. Integraram o grupo André Bambu, Estevão e Murilo, jogadores que não voltaram a ser convocados para mundiais.

Era Magnano
Ao chegar ao Brasil, o argentino Rubén Magnano mexeu na lista de Lula Ferreira. Bambu, Caio Torres e Estevam não seguiram para a Turquia em 2010. A Seleção viajou com sete jogadores de clubes brasileiros, o que representou 58,3%. Mais verde e amarelo, o time foi eliminado pela Argentina nas oitavas de final, mas ficou com a nona posição.

A nova convocação de Magnano, para a Copa da Espanha, chegou aos exatos 50%. Mas os velhos nomes ainda são as principais armas do argentino. Na avaliação de Pipoka, pivô no Mundial de 1998, o momento deveria ser de outra renovação. “Entramos nesta Copa como convidados, pela porta dos fundos. Já estamos em situação complicada mesmo, então seria o momento de botar a molecada para jogar”, defende.

Pipoka cita Raulzinho como um dos pilares de uma nova Seleção. O armador de 22 anos disputará seu segundo Mundial. “Não podemos ficar eternamente com Nenê, Marcelinho, Varejão”, reprova Pipoka.

A equipe
Marcelo Magalhães Machado — ala — Flamengo (RJ)
Raul Togni Neto — armador — Murcia (Espanha)
Rafael Hettsheimeir — pivô — Bauru (SP)
Larry James Taylor Júnior — armador — Bauru (SP)
Alex Ribeiro Garcia — ala — Bauru (SP)
Marcelo Tiepo Huertas — armador — Barcelona (Espanha)
Leandro Mateus Barbosa — ala — Phoenix Suns (EUA)
Anderson França Varejão — ala/pivô — Cleveland Cavaliers (EUA)
Guilherme Giovannoni — ala/pivô — UniCeub/BRB
Maybyner Rodney Hilário (Nenê) — pivô — Washington Wizards (EUA)
Marcus Vinicius Vieira de Souza — ala — Flamengo (RJ)
Tiago Splitter — pivô — San Antonio Spurs (EUA)


Jogos do Brasil na primeira fase da Copa do Mundo:
Sábado - 13h - Brasil x França
Domingo - 13h - Brasil x Irã
Segunda-feira - 17h - Brasil x Espanha
Quarta-feira - 13h - Brasil x Sérvia
Quinta-feira - 10h30 - Brasil x Egito