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SELEÇÃO BRASILEIRA

Gilmar Rinaldi pede calma para achar soluções e não vê eliminação brasileira como vexame

Coordenador de seleções disse que toda a comissão técnica tenta encontrar soluções

postado em 01/07/2015 14:17

Rafael Ribeiro/CBF
Coordenador de seleções do Brasil, e amigo pessoal do técnico Dunga, com quem foi tetracampeão em 1994, Gilmar Rinaldi não enxerga a eliminação nas quartas de final da Copa América, ante o Paraguai, como um vexame. Pedindo paciência para buscar soluções visando as Eliminatórias, o diretor encontrou suporte nos cortes de última hora para justificar a má campanha.

De volta ao Brasil depois de deixar a cidade de Concepción, no Chile, eliminado, no último domingo, Gilmar Rinaldi falou à Rádio Bandeirantes sobre as perspectivas. “Estamos trabalhando para encontrar soluções. Não diria que foi um vexame, participamos de uma competição difícil. Fizemos 11 jogos com a mesma equipe e, no momento da competição, perdemos quatro jogadores titulares. Isso balança muito uma equipe que é jovem”, disse, referindo-se as ausências de Oscar, Danilo e Luiz Gustavo.

Sem comparar a geração atual com a campeã mundial em 1994, por conta dos diferentes níveis de experiência, Gilmar pregou calma para trabalhar no amadurecimento dos atletas. “Temos que dar condições para que os atletas amadureçam, não é de uma hora para outra. Nosso trabalho tem oito meses. Quando ganhamos 11 amistosos, passando por Argentina e França, sabíamos que tínhamos que melhorar... Agora então, temos que melhorar ainda mais. Não temos varinha mágica, é trabalho”, pregou.

Antes agente de atletas, profissão que exerceu para o sustento da família durante 10 anos, Gilmar Rinaldi garante que abandonou as funções de cartola para aceitar o convite da CBF. E apesar das críticas com a eliminação na Copa América, acredita que ele e o técnico Dunga têm um plano para capacitar os atletas e dar continuidade ao projeto, que no início tinha como principal objetivo reformular as categorias de base.

“Estamos fazendo um trabalho sério e pensar numa situação dessas (demissão) não pode ser levado a sério. Não estamos aqui de curiosos, estamos fazendo um trabalho bem pensado e com planejamento. Sabemos que virão dificuldades”, falou Gilmar, descontraindo o clima da entrevista ao comentar sobre as categorias de base da Seleção e a formação do time olímpico, que será orquestrada a quatro mãos.

“Tentamos reestruturar todas as categorias de base, trocando as comissões técnicas de todas as seleções. Tivemos como resultado um ótimo trabalho da sub-20 no Mundial. É um novo trabalho integrado para preparar a equipe olímpica, que será tocada em conjunto pelo Rogério Micale (substituto de Gallo) e pelo Dunga. Eles que vão definir a equipe que vai jogar em 2016”

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