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Técnico interino por duas vezes, Candinho vai a encontro na CBF e diz ter "soluções" para Seleção

Treinador não revelou o que falará no encontro promovido pela CBF

postado em 03/07/2015 09:44 / atualizado em 03/07/2015 09:52

Jorge Gontijo/EM/D.A Press
A Confederação Brasileira de Futebol convidou Candinho para compor o grupo de trabalho que debaterá o esporte no País. Responsável por dirigir interinamente a Seleção principal duas vezes, o ex-treinador explica que tem conselhos a dar no encontro, mas faz mistério sobre o que falará e alega que só não foi efetivado no cargo depois da saída de Vanderlei Luxemburgo porque recusou a função.

“Vou dar minha opinião sobre o que tem de mudar de estrutura, e não sobre quem tem de jogar, porque isso é com o Dunga. Vou falar o que acho de medidas que podem ser tomadas no futebol brasileiro, tem muita coisa importante. Todo o mundo só faz as críticas, mas ninguém dá soluções. Vou dar a opinião com soluções”, afirmou o treinador.

 

A CBF anunciou nesta semana a criação do Conselho de Desenvolvimento Estratégico do Futebol Brasileiro, prometendo chamar ex-técnicos da Seleção principal, treinadores de clubes, atletas campeões mundiais, jornalistas e profissionais de saúde esportiva.

Candinho trabalhou na comissão técnica do Brasil entre 1998 e 2000, na condição de auxiliar de Vanderlei Luxemburgo, tendo a oportunidade de dirigir a equipe duas vezes. A primeira foi no empate por 0 a 0 em amistoso contra a Espanha, em novembro de 1999, quando o treinador principal estava viajando com a equipe olímpica. Já a segunda oportunidade de Candinho foi depois da demissão de Luxemburgo, ocorrida pouco antes da partida contra a Venezuela, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. O resultado foi a goleada por 6 a 0 da equipe verde e amarela, em Maracaibo.

“Quando demitiram o Vanderlei, estava muito em cima do jogo contra a Venezuela, e eles pediram para eu não largar a Seleção. Falei que tocaria barco. Fiz convocação e ganhamos o jogo. Na volta, queriam me convencer a continuar, e tinha jogo contra a Colômbia pouco depois. Mas eu não poderia fazer a trairagem com o Vanderlei. Seria desagradável ficar no lugar dele e eu saí, vindo depois o Leão. Todo o mundo quer ser (técnico do Brasil), mas eu pedi para sair. Eles ficaram bravos”, comentou o treinador, que lembrou ter ajudado também Luxemburgo na Seleção olímpica.

Além do Brasil, Candinho dirigiu também em sua longa carreira clubes como Grêmio, Santos, Flamengo, Fluminense, Corinthians, Portuguesa e Palmeiras, assim como a Arábia Saudita. Aposentado desde que deixou a gerência de futebol da Lusa, em 2013, o ex-técnico explicou que desde então quer “sossego”, mas observou de longe o vexame do Brasil diante da Alemanha, na Copa do Mundo do ano passado.

“Lógico que não foi normal, mas há coisas inexplicáveis no futebol. Quando eu era técnico da Portuguesa, fui jogar no Pacaembu contra um timaço do São Paulo e vencemos por 7 a 2. Existe explicação para a Portuguesa ganhar de sete? Nosso time era razoável, mas não para ganhar daquele jeito. Deu tudo certo para nós e errado para eles. De vez em quando, isso acontece. A Seleção tomou um vareio, mas desastres acontecem”, completou. Na segunda-feira, a CBF realiza a primeira reunião de seu grupo de estudos para evitar que o vexame se repita.

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