“Acredito muito em energia. Aqui no Brasil a energia é um pouco pesada. Lá fora é tudo um pouco mais suave. Nosso país é muito crítico e pouco paciente. As coisas ruins vendem mais do que as boas. Se remassem todos para o mesmo lado, as coisas fluiriam mais. Sentimos falta de respeito mútuo. No Brasil, há tanta gente que não sabe nada de futebol falando de futebol. Não tapamos os ouvidos nem fechamos os olhos, queremos crescer e melhorar. Mas as pessoas falam como se fosse fácil jogar futebol. Até mesmo quem já jogou e fazia as mesmas c…, as mesmas m… que fazemos hoje”, disse o atleta, sem poupar palavrões diante das câmeras.
Daniel Alves também citou a responsabilidade que os jogadores carregam por atuar na Seleção. O lateral crê que chegou a hora de o grupo trabalhar para escrever novos capítulos vitoriosos na história da equipe brasileira. A medida, segundo ele, faria com que o torcedor sentisse menos saudades dos craques que contribuíram para criar a reputação do time pentacampeão.
“Eu sempre reflito que as pessoas têm respeito pela Seleção por causa da sua história, mas nós temos que conquistá-lo através de grandes atuações. A história é muito bonita, mas se ela não é colocada em prática diariamente, só continuará sendo uma história”, afirmou. “É evidente que não há uma facilidade tão grande como antigamente, mas precisamos nos adaptar a isso e tentar melhorar a todo jogo para construir uma equipe equilibrada e que as pessoas consigam enxergar como a Seleção”.
Para a meta ser concluída, no entanto, Daniel Alves acredita que a Seleção precisará de tempo e da compreensão da torcida. “Não temos que colocar prazos nas nossas vidas. Nem na profissão nem na vida pessoal. Precisamos tentar essas situações as ideias e filosofias de trabalho que são implantadas. Temos discutido bastante sobre a postura, a forma de jogo, as ideias e os conceitos. Isso nos possibilita dar um passo à frente e melhorar. Se todos aqui derem 100%, nós conseguiremos formar uma equipe equilibradas, que será admirada e devolverá a relação com o torcedor brasileiro”, concluiu.