O destino do ex-presidente da CBF José Maria Marin pode ser definido nesta quarta-feira em Nova York. O dirigente estará diante da Corte e seus advogados esperam obter do juiz um acordo para prorrogar o prazo para que possa fazer o depósito de sua fiança. Caso contrário, ele corre o risco de retornar para uma prisão.
Na audiência, os advogados de Marin discutirão a carta de crédito negada pelas autoridades americanas e revelada com exclusividade pela reportagem do Estado de S. Paulo no último domingo. Preso em maio na Suíça a pedido dos Estados Unidos, Marin aceitou ser extraditado para Nova York, onde está em prisão domiciliar desde sua chegada na cidade, em 3 de novembro.
Embora a procuradoria dos EUA já tenha indicado que não aceitará prorrogar o prazo dado para que Marin consiga o dinheiro de sua fiança, estimada em US$ 15 milhões, os advogados de Marin esperam sair da audiência com uma resposta positiva à carta que mandaram ao juiz do caso, Raymond Dearie, pedindo uma nova data para o depósito.
Na carta, os advogados imploravam por um novo prazo para completar o depósito de US$ 2 milhões, alegando que estavam fazendo "tudo" para conseguir o dinheiro. Segundo eles, o governo americano rejeitou o fato de que a carta de crédito tivesse sido concedida por um banco não-americano.
Marin, porém, não planeja se pronunciar na audiência marcada para a tarde desta quarta-feira, no Tribunal do Brooklyn, em Nova York. Em sua primeira ida à corte após ter se apresentado no mesmo local há pouco mais de um mês, Marin seguirá a orientação de seus advogados norte-americanos de não falar nada além do que lhe for perguntado.
Em seu apartamento com vista para a Quinta Avenida, em Manhattan Marin está calmo e bem de saúde. Fontes ligadas ao processo garantem que o ex-presidente da CBF cumpre todas as exigências impostas pela justiça americana e está tranquilo com relação ao andamento de seu caso. Ele usa um bracelete eletrônico e sua porta é vigiada 24 horas por dia por seguranças, pago por ele mesmo.
CORRUPÇÃO NA CBF
Advogados de José Maria Marin esperam obter novo prazo nesta quarta para depositar fiança
Destino do ex-presidente da CBF pode ser definido nesta quarta-feira
Agência Estado
postado em 15/12/2015 20:10