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Na fronteira com o Uruguai, torcedores apostam em Maracanazzo

Diego Amorim

Publicação:

18/04/2014 11:10

Enviado Especial

Diego e Valéria foram sorteados em promoção para assistir à estreia do Uruguai na Copa do Mundo: as crianças ficarão com familiares (Zuleika de Souza/CB/D.A Press)
Diego e Valéria foram sorteados em promoção para assistir à estreia do Uruguai na Copa do Mundo: as crianças ficarão com familiares


Chuí (RS) — Eles são simpáticos, dão risadas, mas, no fundo, falam muito sério. Os vizinhos da terra de Pepe Mujica acreditam mesmo em uma final entre Uruguai e Brasil na Copa do Mundo deste ano e apostam (de verdade) em vitória da Celeste. A expectativa de um novo Maracanazo cresce à medida que o campeonato se aproxima e é acompanhada da esperança de ver o atacante Luiz Suárez conquistar a artilharia.

No extremo sul do Brasil, na fronteira com o país hermano, a rivalidade anda acirrada, apesar do clima aparentemente amistoso. Os uruguaios sabem cantar trechos do hino brasileiro, admiram Neymar, Daniel Alves e Marcelo, mas, entre um elogio e outro à Seleção Brasileira, sustentam um otimismo convicto de que a Copa será do Uruguai.

Pouco importa se o time garantiu vaga no Mundial no sufoco, após ter de encarar a repescagem contra a Jordânia. “Vamos ganhar e calar o Maracanã de novo. Vai ser bom demais”, alfineta, com firmeza, a uruguaia Flora Almada, 51 anos, torcedora do Peñarol e dona de um mercado no Chuí.

Sem jeito, Flora tenta explicar por que, mesmo com a torcida declarada contra o Brasil, o mercadinho está repleto de chapéus, chaveiros, cornetas e bandeiras em verde e amarelo. “Isso aí chegou antes, mas já encomendei artigos celestes também”, conta a moça, que promete apoiar a Argentina caso o Uruguai fique pelo caminho. “Gosto do futebol deles. Do povo, não”, justifica, com excesso de sinceridade.

A geração mais nova de uruguaios reverberiza a provocação futebolística em um lugar onde a convivência com os brasileiros é inevitável. “Vocês não vão torcer pela gente, por que, então, torceríamos por vocês?”, pergunta ironicamente Sebastián Pérez, 18. O colega Cristian Rodriguez, da mesma idade, emenda: “Estão mesmo com medo de perder de novo no Maracanã lotado?”

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