MÁFIA DOS INGRESSOS

Aldo Rebelo, ministro do Esporte, defende Operação Jules Rimet

Em um contra-ataque às acusações de que a açào da polícia é arbitrária e ilegal na prisão de Raymond Whelan, Aldo Rebelo manda Match recorrer à Justiça

AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA

Rio de Janeiro – O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, rebateu nesta quinta-feira a nota da Match Services emitida em defesa do executivo Raymond Whelan, acusado de ser o cabeça do esquema de venda ilegal de ingressos deflagrado pela Operação Jules Rimet na semana passada. O texto da empresa diz que a ação da Polícia Civil é arbitrária, ilegal e não conhece como funciona a operação de venda de ingressos.

"O Brasil é um país institucionalmente organizado, maduro, com as esferas de responsabilidade distribuídas entre os poderes, que têm clareza em suas atribuições. Os órgãos de controle atuam livremente. E a polícia também tem regras, responsabilidades, atribuições constitucionais e legais. E age dentro da lei porque vive também sob controle da sua corregedoria e do Ministério Público, que acompanha todo o trabalho. Portanto, não há nenhum fato que indique que a polícia possa ter agido à margem ou acima da lei. E naturalmente o Poder Judiciário tem a atribuição de corrigir qualquer falha no sentido de ilegalidade. Então, não sei porque a empresa faz isso mediante nota. A melhor forma de fazer é pelo Judiciário", afirmou o ministro Aldo Rebelo durante entrevista coletiva nesta manhã, no Maracanã.

Antes de o ministro se pronunciar, a porta-voz da Fifa, Delia Fischer, evitou as perguntas sobre o tema. "Vocês leram o pronunciamento, não vou comentar o pronunciamento da Match. Estamos esperando o fim das investigações, precisamos do resultado, do que exatamente aconteceu, para aí podermos comentar e tomar uma decisão. Recebemos explicações da Match, mas não posso comentar qualquer detalhe até que as autoridades nos forneçam mais informações. Soube que o delegado entregou o relatório ao Ministério Público, então estamos aguardado. Qualquer violação será sancionada, mas precisamos aguardar", disse a chefe de comunicação.