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NATAÇÃO

Com vaga nos 1.500 metros, Miguel Valente aceita ser 'esperança' nos Jogos do Rio de Janeiro

Última participação olímpica do país nos 1.500 metros foi de Luiz Lima em Sidney

postado em 22/07/2016 10:07 / atualizado em 22/07/2016 10:12

Divulgação/ Sátiro Sodré/ CBDA
Na Olimpíada do Rio, em agosto, a natação brasileira voltará a ter representantes nos 1.500 metros livre depois de 16 anos de ausência. Os nomes de Miguel Valente e Brandonn Almeida, que obtiveram índice olímpico no Troféu Maria Lenk, mostram a evolução do país nas provas de fundo. Mas o retrospecto nacional é suficiente para deixar o nadador do Minas Tênis Clube com os pés no chão.

“Ainda estou longe dos primeiros tempos do mundo, meu objetivo é conseguir chegar a uma final e já ficarei bastante satisfeito com isso. Mostraria um crescimento do fundo do Brasil”, afirmou Miguel Valente.

A última participação olímpica do País nos 1.500 metros foi de Luiz Lima nos Jogos de Sidney, na Austrália, em 2000. Além disso o Brasil não conta com uma dupla na prova mais longa da natação desde Cristiano Michelena e David Castro em Seul-1988. A responsabilidade é grande sobre os jovens nadadores.

Aos 23 anos, Miguel Valente encara o desafio de maneira positiva. “Ficamos muito tempo sem referência na prova de fundo. Hoje vou assumir esse papel. A responsabilidade fica maior, mas será um prazer representar o Brasil”, exaltou.

Apontado como esperança do País na categoria, Miguel Valente não se diz pressionado pelo rótulo. “Fico bem tranquilo com isso, é um reconhecimento do meu trabalho. Até me motiva a chegar a ser o que o Cielo foi para os 50 metros livre”.

Dono da primeira medalha de ouro da natação brasileira nos Jogos Olímpicos, Cesar Cielo é admirado por Miguel Valente por mostrar que o sonho está ao alcance de todos. A ausência do astro no Rio contudo, é vista com naturalidade pelo atleta, que divide a piscina do clube com Ítalo Manzine, o algoz do astro. “Pode ser surpresa para muita gente, mas a gente sabia que o Ítalo podia conseguir, vendo o quanto é dedicado e focado”.

A classificação para a Olimpíada deu um novo rumo para a carreira de Miguel Valente. O nadador teve de trancar o curso de Engenharia de Controle e Automação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) neste semestre. E os estudos sempre foram importantes na vida do nadador. Quando passou no vestibular, chegou a repensar a vida de atleta. Hoje tenta conciliar as duas atividades.

Para isso, conta com a ajuda dos pais em Belo Horizonte. O mimo da família é até motivo de piada entre os companheiros das piscinas. “Sou privilegiado de não precisar sair de casa para buscar alguma coisa a mais. Tem muita gente que vê lanche feito pela minha mãe e comenta, mas sei que tem um fundinho de inveja” brincou.

A partir deste domingo, Miguel Valente se juntará à delegação em São Paulo para a aclimatação. E o nadador já sonha com a experiência olímpica. “Deve ser a mesma sensação de um jogador de futebol quando entra no Mineirão lotado”, imaginou.

Tags: brasil maisesportes natação Miguel Valente

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