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CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO

Com brasilidade e homenagem a iraniano morto, cerimônia encerra Paralimpíada Rio 2016

Festividade contemplou as características do Brasil em termos de natureza e de suas diversas vertentes artísticas, como a música e dança

postado em 18/09/2016 22:42 / atualizado em 18/09/2016 23:16

Simon Bruty for OIS/IOC via AFP.

Em uma bonita cerimônia realizada no Estádio do Maracanã, os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro foram oficialmente encerrados, na noite deste domingo, após 11 dias de competições. A festividade contemplou as características do Brasil em termos de natureza e de suas diversas vertentes artísticas, como a música e dança, assim como já havia ocorrido nas Olimpíadas. Também não deixou de homenagear o iraniano Bahman Golbarnezhad, morto no último sábado após cair e bater com a cabeça em uma pedra durante prova do ciclismo de estrada.

A cerimônia começou com o som alto das guitarras de Andreas Kisser, do Sepultura, e de Fernandinho, famoso artista do frevo. Isso antes de os 160 porta-bandeiras serem convidados a entrar no campo. Autor do gol que deu o tetracampeonato paralímpico ao Brasil no futebol de 5 (para cegos), Ricardinho carregou o símbolo maior do País, sendo ovacionado pelo público presente no estádio carioca.

Na sequência, mais ícones da música nacional se apresentaram no palco, que primeiramente remetia à diversidade da natureza brasileira, enquanto a banda Nação Zumbi fazia seu show. Vanessa da Mata e Céu também cantaram três músicas cada, agitando e animando as delegações postas no gramado do Maracanã, que teve espaços vazios em suas arquibancadas.

Aí a cultura popular japonesa entrou em cena, já que Tóquio será a próxima sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Recebido com vaias, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, entregou a bandeira paralímpica ao presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philipp Craven, simbolizando a passagem do evento para a capital do país asiático.

Artistas japoneses com deficiência física tomaram o palco para si e mostraram um pouco da dança e música do país oriental. Em seguida, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, discursou de modo parecido em relação à cerimônia de encerramos das Olimpíadas. A diferença foi que prestou condolências ao povo iraniano pela morte de Golbarnezhad, que caiu e bateu com a cabeça numa pedra durante prova de ciclismo de estrada, no último sábado.

"Nossas orações estão com vocês e sentimos muito a sua perda", disse o ex-jogador de vôlei, que competiu nos Jogos de Tóquio, em 1964. Após demonstrar toda sua tristeza pela fatalidade com o atleta do Irã, Nuzman deu sequência ao seu exaltado discurso sobre o sucesso do Rio nos dois eventos esportivos.

"Para muitos, isso era impossível. Para o Brasil e para o Rio, não. Hoje estamos encerrando um ciclo mágico. Rio, cidade olímpica e paralímpica, o povo brasileiro mostrou garra e muita determinação. Brasileiros nunca desistem. Mostramos também a nossa criatividade e talento. Contagiamos todos com a paixão de vocês: a nossa torcida. A melhor torcida do planeta é carioca. É do Brasil", celebrou.

"Os Jogos 2016 aproximaram o mundo, venceram preconceitos, terminamos essa jornada melhores como cidadãos, como povo e nação. Podemos ter muito orgulho, realizamos Jogos que ficarão para sempre na história do esporte mundial. Tóquio 2020, boa sorte", encerrou.

Dando sequência ao momento mais protocolar da cerimônia, Phillip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, agradeceu aos voluntários, atletas paralímpicos, e ao povo carioca pelo sucesso dos Jogos, pedindo que a juventude mundial se reúna daqui a quatro anos, em Tóquio.

O funk foi a tônica do prosseguimento da cerimônia, com a execução das músicas do Dream Team do Passinho e Nego do Borel, antes de Gaby Amarantos subir ao palco. No ato final, trezentas crianças, cada uma com um "cata-vento", apagaram a chama paralímpica, já durante o show da cantora Ivete Sangalo, que começou com "A Paz", música escrita por Gilberto Gil e João Donato.

Depois, no entanto, a baiana cantou o que lhe é mais característico. O axé, com "Sorte Grande" e "Alegria", dando mais ritmo ao público e aos atletas ainda presentes no Maracanã, onde os Jogos Paralímpicos foram encerrados com muita animação e brasilidade.

Tags: paralimpíada encerramento

O anunciante aqui presente não possui relação com os Jogos Rio 2016 e é patrocinador exclusivo da cobertura editorial dos Diários Associados MG para o evento.