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FUTEBOL

Com Cave em obras, Leila Barros admite plano B para CT nas Olimpíadas

Segundo a secretária de Turismo, Esporte e Lazer do DF, decisão do uso ou não do estádio do Guará "caberá aos atletas"

postado em 28/07/2016 20:16

Redação /Correio Braziliense

Thiago Henrique de Morais/Esp.CB/D.A.Press
  A secretária de Turismo, Esporte e Lazer do DF, Leila Barros, admitiu que o GDF pensa em um plano B para o Cave, estádio no Guará que ainda está sub júdice para ser um dos quatro centros de treinamentos de seleções de futebol que jogarão em Brasília nas Olimpíadas.


A obra dos vestiários do Cave não terminará a tempo e, caso o local seja utilizado como centro de treinamento, contêineres serão usados para essa finalidade. A decisão sobre a participação ou não do estádio nos Jogos, segundo Leila, caberá aos atletas. “São os jogadores que darão o retorno. A palavra final será deles”, contou a secretária.

Em entrevista coletiva ontem, que contou com a presença do governador Rodrigo Rollemberg, a ex-jogadora de vôlei se irritou com a insistência das perguntas dos jornalistas presentes no Palácio do Buriti. “Não entendo por que vocês continuam falando sobre isso. Os contêineres foram aceitos pelo Comitê Olímpico Internacional, é normal”, disse. Para a secretária, “é um sonho que o Cave vire um centro de treinamento de qualidade”, mesmo que não receba as seleções olímpicas.

O secretário adjunto de Turismo da Secretaria de Estado do Esporte, Turismo e Lazer do DF, Jaime Recena, destacou a vantagem do uso de contêineres. “É uma solução rápida, sustentável e, o principal de tudo, aprovada pelo Comitê Olímpico Internacional. É uma alternativa comum e que já foi utilizada em grandes eventos”, defendeu.

O Ministério do Esporte, em parceria com o GDF, investiu cerca de R$ 7 milhões na reforma do Cave para que fosse usado nos Jogos Olímpicos. As obras tiveram início em 15 de abril, e a previsão inicial de término era para o começo deste mês. No entanto, o prazo acabou estendido até setembro, ou seja, para depois das Olimpíadas.

Brasília contará com quatro centros de treinamentos durante a Rio-2016. O Centro de Capacitação Física do Corpo de Bombeiros (Cecaf) — que recebeu a Seleção Brasileira na Copa das Confederações e na Copa do Mundo —, o Bezerrão e o Abadião estão confirmados. Caso o Cave não seja aprovado pelos atletas, Leila afirmou que existe um plano B, mas não anunciou qual.

Uma das possibilidades é usar o centro de treinamento do Brasiliense, no Setor de Clubes Sul. Procurado pelo Correio, o gerente administrativo do time, Eduardo Ramos, não quis comentar o assunto: “Não posso falar, por determinação da diretoria do clube”, disse.

Chegadas
As seleções começaram a desembarcar em Brasília. No domingo, o time sul-africano, adversário do Brasil na estreia, em 4 de agosto, chegou à capital. Na manhã de ontem, realizou um treinamento no Abadião, em Ceilândia. Segundo Leila, o local, que passou por reformas para os Jogos Olímpicos, foi aprovado por jogadores e comissão técnica.

Iraque e Dinamarca, que fazem o outro confronto do Grupo A no Mané Garrincha, chegam hoje e amanhã, respectivamente. A delegação brasileira será a última a aterrissar na capital: os atletas só chegam no fim da noite de domingo, após o amistoso contra o Japão, um dia antes, em Goiânia.