Rio - Depois de ter a maior delegação de sua história nos Jogos do Rio-2016, com 465 atletas, o Brasil pode reduzir drasticamente o número de seus atletas em Tóquio-2020. O fato de o Brasil ter vagas garantidas por ser a sede contribuiu para esse número - na avaliação do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Time Brasil poderia ter até 90 atletas a menos se a competição tivesse sido realizada em outro lugar, o que dá uma indicação do que poderá ser a delegação nacional em Tóquio.
No COB, poucos escondem a preocupação relativa a um corte de recursos diante da crise no Brasil. Marcus Vinícius Freire, diretor executivo de Esportes do Comitê, admitiu que tem feito pressão no Ministério dos Esporte para a manutenção da Bolsa Pódio, já que a lei vence no fim do ano.
Diversas federações menores também demonstraram o temor de que o fim da Olimpíada e a recessão signifiquem a redução de apoios. Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, indicou que todos os patrocínios estão mantidos até o dia 31 de dezembro. Mas garante que já busca formas de manter o apoio privado.
Para o Comitê Rio-2016, o COB recebeu investimentos na casa de R$ 1,4 bilhão nos últimos quatro anos, mas ficou abaixo da meta de conquistar o 10º lugar no quadro geral de medalhas. Ainda assim, o comitê considerou "extraordinária" a participação do Time Brasil. O país encerrou a competição com 19 medalhas e o 12º lugar na soma total de pódios. Em Londres-2012, o Brasil havia conquistado 17 medalhas.
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