CAMPEONATO CANDANGO

Gama e Brasília começam a definir campeão neste sábado, no Mané Garrincha

O segundo jogo da final também será disputado no estádio da capital, no próximo domingo

postado em 24/04/2015 21:58 / atualizado em 24/04/2015 22:10

Da redação do Super Esportes DF /Correio Braziliense

Ed Alves/CB/D.A Press
Quando o Brasília conquistou o Candangão pela última vez, o Brasil ainda era tricampeão mundial; o caderninho do craque Romário contabilizava 168 dos 1.002 gols marcados e faltavam 19 dias para o início da Copa União de 1987, torneio mais polêmico da história do futebol nacional.

 

O jejum de títulos na primeira divisão local é tão grande que a torcedora Júlia Fernandes jamais viu o clube levantar a taça porque nasceu naquele ano. Mateus Caetano, 11 anos, fanático pelo Gama, vive a mesma agonia. Ele veio ao mundo dois meses após a última conquista do alviverde, em 2003.

Hoje, um deles ficará mais próximo de soltar o grito de campeão. Gama e Brasília disputam às 16h30, no Mané Garrincha, o primeiro jogo da finalíssima. O colorado, que bateu na trave nas duas últimas decisões — ficando com o vice —, tem agora a vantagem de dois resultados iguais para encerrar a espera de quase três décadas.

“Há a agonia porque perdemos as finais de 2013 e 2014. Temos uma tensão maior”, avalia a administradora Júlia Fernandes, que viu o Brasília conquistar um torneio nacional — a Copa Verde, no ano passado — e a segunda divisão candanga, em 2008. O palco daquela decisão da Série B, inclusive, é o mesmo do jogo de hoje. “Bem melhor que o velho Mané Garrincha. Mas continua sendo a casa do Brasília”, diz.

Mateus Caetano, por sua vez, não comemorou nenhum título do Gama. Na final de 2003, ele até esteve presente, mas não viu. A mãe, Onete Cardoso, estava na arquibancada do Bezerrão, no sétimo mês de gravidez. Hoje, porém, o garoto tem idade suficiente para sentir e compreender, ao lado de outros gamenses, a aflição causada pelo jejum de taças. “Sonhei com a final em duas noites seguidas e o Gama vencia”, conta o pequeno torcedor, que pisa no maior estádio do Distrito Federal pela segunda vez. Na primeira, em 2014, ele assistiu ao rival da atual decisão.

Força máxima
O técnico do Gama, Gilson Granzotto, não contará com uma das principais armas defensivas para o jogo. O goleiro Pereira, que na primeira fase ostentou a marca de 430 minutos sem sofrer gols, cumpre suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. André Ferlini, o substituto, terá a função de manter a boa fase da defesa menos vazada (oito gols sofridos em 14 partidas).

No setor ofensivo, a preocupação do treinador é o atacante Thiago Miracema. Ele ainda se recupera de lesão na coxa esquerda, que o tirou do segundo duelo da semifinal, contra o Brasiliense. Caso o jogador entre em campo, o torcedor assistirá ao confronto de artilheiros do Candangão: Miracema e o meia Héverton, do colorado, anotaram seis gols na competição.

Já o Brasília tem todos os jogadores titulares à disposição para o dérbi. O comandante, Luis Carlos Souza, avisa: apesar da vantagem de dois resultados iguais para conquistar o título, só a vitória interessa para o colorado.

“Junto a nós, o Gama é a melhor equipe deste campeonato. Não podemos contar com a vantagem”, alerta o treinador, que sonha em se tornar o primeiro técnico bicampeão no novo Mané Garrincha. No ano passado, ele conduziu o Brasília à conquista inédita da Copa Verde e garantiu o clube na Sul-Americana de 2015.

Final — jogo de ida
Gama x Brasília
16h30
Mané Garrincha

Ingressos (meia-entrada)
R$ 20 (anel inferior) e R$ 50 (hospitality) — vendidos na bilheteria do estádio