CANDANGÃO

Vídeo: meia do Paracatu tenta agredir técnico após sair no 1º tempo

Time mineiro caiu nas semifinais e conseguiu se classificar para a Copa Verde

postado em 24/04/2017 16:49 / atualizado em 25/04/2017 10:20

O clima esquentou entre o técnico do Paracatu, Rubio Guerra, e o camisa 10 do time, Diego Nogueira, no segundo jogo da semifinal do Campeonato Candango, contra o Ceilândia, no último domingo (23/4). Imagens publicadas na internet mostram o atleta de 25 anos reclamando e partindo para cima do treinador após ser substituído pelo meia Ademir, aos 20 minutos do primeiro tempo, no Abadião. Ele foi contido por companheiros que estavam no banco de reservas.

Segundos depois, Diego precisou ser contido novamente por atletas e integrantes da comissão técnica. Em seguida, acabou expulso pelo árbitro Almir Camargo, enquanto deixava o gramado acompanhado por cinco policiais. De acordo com o atleta, a confusão começou após um erro em uma jogada. “Ele reclamou, eu falei que era somente a segunda bola que eu tentava, mas aí ele começou a me xingar. Eu devolvi”, defende-se Diego, ao Correio.

Na versão do treinador Rubio Guerra, o camisa 10 estava responsável por acompanhar o lateral e estava avisado de que seria sacado do jogo caso não fizesse o que foi pedido. “Não estava cumprindo e, quando eu reclamei, ele me mandou tomar naquele lugar. Mas eu não fiz a substituição pela palavra, fiz pela tática, porque a gente sabe que no calor do jogo pode acontecer essa situação (xingamento)”, diz Rubio.


As imagens não mostram o princípio da confusão, apenas o momento em que Diego parte para cima de Rubio. “Aquele momento ali era o mais importante para mim. Me tirar daquele jeito foi acabar com a última chance que eu tinha para mostrar a única coisa que eu sei fazer, que é jogar futebol. Mesmo sendo o comandante, ele tem que respeitar. O respeito também deve vir de cima para baixo”, lamenta Diego, camisa 10 do Paracatu.

Rubio Guerra citou um suposto histórico de indisciplina do meia. “Já aconteceram situações parecidas, em uma delas ele deu um tapa numa garrafa porque estava irritado com um outro treinador. Tinham tirado a camisa 10 dele, e eu cheguei e devolvi a camisa para ele. Mas está perdoado, não tem mais nada”, afirma Rubio. “A gente já se acertou. Depois que eu pedi desculpa, ele também falou que errou”, confirma Diego.

Jogador e técnico voltaram para Minas Gerais juntos após a eliminação do Paracatu - o primeiro jogo terminou em 1 x 1 e o segundo foi vencido por 2 x 1 pelo Ceilândia, no Mané Garrincha. Disputar as semifinais do Candangão rendeu ao Paracatu uma vaga na Copa Verde de 2018. O Sobradinho ficou com a outra vaga.

Reprodução

Calendário

Como o Paracatu não tem calendário para o resto do ano, só deve retomar os treinos do futebol profissional em novembro. “Agora é fazer um DVD, para ver se consigo alguma coisa no segundo semestre. Muitos estão me criticando, mas era a chance de ajudar minha família, comprar uma casa para a minha mãe. Tudo isso passou na minha cabeça”, finaliza o meia, natural de Paracatu, que disputou sua quarta edição do Candangão com a equipe mineira.

Já Rubio Guerra não sabe o que fará a partir de agora. “É o momento de descansar e ficar um pouco em casa”, aponta. Ceilândia e Brasiliense se enfrentarão na final do Candangão. As duas partidas serão realizadas no Estádio Nacional Mané Garrincha, nos dias 29/04 e 6/5, ambas às 16h20.