Do técnico duplo ao time descalço: 10 vezes que o Candangão foi Candangão

Campeonato Brasiliense já teve até nuvem de poeira que interrompeu partida

postado em 25/04/2017 14:26 / atualizado em 25/04/2017 15:48

Bruno Peres/CB/D.A Press
O Campeonato Candango de 2017 está chegando ao fim. Brasiliense e Ceilândia lutarão, nos próximos dois finais de semana, a taça de campeão candango de futebol. Mas não só de gols e decisões é construída a história do torneio local. Após o meia Diego, do Paracatu, tentar agredir o técnico Rubio Guerra, no último domingo (23/4), pela semifinal, o Correio elencou 10 fatos (no mínimo) curiosos que já aconteceram na história da competição.

Em 2014, por exemplo, teve time sem chuteira, adversários da mesma partida em estádios diferentes e viagem de Luziânia a Sobradinho em vão, além de partidas sem público que, com o movimento, chamaram a atenção até de um comerciante.

João das pranchetas

Uma briga na Justiça por uma vaga no Brasileirão de 1978 fez com que o técnico João da Silva treinasse duas equipes no mesmo dia em 19 de fevereiro daquele ano. Pela manhã, comandou o Canarinho na vitória do Gama por 2 x 0. À tarde, comandou o Taguatinga diante do Grêmio, mas o jogo não acabou, pois o árbitro encerrou o duelo alegando que as marcações do campo estavam muito ruins.

João dos gols

Em 1999, Joãozinho foi o artilheiro das duas divisões do futebol candango. Na primeira divisão, atuando pelo Brazlândia, ele fez 12 gols. Já pelo Comercial, do Núcleo Bandeirante, marcou mais oito vezes. De quebra, o time ainda subiu para a elite do torneio.

Casos de família

Laiguinha, Zanata, Ruy, Baiê e Toinho de Laiza eram mesma da família e jogaram juntos o Candangão de 1974 pelo Luziânia. No entanto, os “Meireles” não fizeram um bom torneio naquele ano. Após quatro jogos sem vitórias, o time acabou abandonando a competição. A história é do Almanaque do Futebol Brasiliense, do pesquisador José Ricardo Caldas e Almeida.

Portão aberto, público zero

Em jogo válido pela semifinal de um torneio de consolação entre os terceiros e quartos colocados dos grupos do Candangão em 2012, o Atlético Ceilandense recebeu o Luziânia no Serejão. No entanto, nenhum torcedor se interessou pelo jogo, que registrou zero pagante. Em campo, dizem que o Luziânia venceu por 3 x 1.

Portão fechado, público “bom”

Braitner Moreira/CB/D.A Press
Em 20 de março de 2014, o Estádio do Cave, no Guará, não tinha laudos de segurança para receber Brasília e Unaí/Paracatu. Mesmo fechado, 64 pessoas estavam presentes na partida, mais do que os 36 presentes de Ceilândia x Capital, que jogaram no mesmo dia. Em meio aos torcedores, devido ao “sucesso” de público, tinha até um vendedor de dindim.

Bocão x Pão de Queijo

Em 27 de janeiro de 2013, o lateral Bocão, do Brasiliense, enfrentou o volante Pão de Queijo, do Brazlândia. Pior para o jogador que leva a iguaria mineira no nome, que acabou amarelado e substituído no segundo tempo. Mesmo com o insucesso de Pão de Queijo, a partida terminou empatada. Detalhe: antes disso, eles haviam atuado juntos no Luziânia e, por isso, eram muito amigos.

Poeira, levantou poeira

Não, Ivete Sangalo não assistiu a nenhuma partida do Candangão. Em 1962, 10 anos antes de a cantora baiana nascer, Colombo e Defelê jogavam pelo Campeonato Brasiliense daquele ano, no Estádio Israel Pinheiro. Quando a partida estava empatada em 1 x 1, o juiz Lourandyr de Castro Gomes encerrou o jogo. Motivo? Uma ventania causou uma espessa nuvem de poeira, que impossibilitou o prosseguimento do duelo.

Pátria sem chuteiras

Em 18 de janeiro de 2014, o ônibus com o material esportivo do Formosa não chegou ao Estádio Serejão, no qual o time enfrentaria o Brasiliense. Segundo a polícia, o motorista do ônibus da equipe desviou a rota para Águas Lindas de Goiás, onde consumiu crack. Sem chuteiras, o time do Entorno perdeu por W.O. e só depois de uma intervenção da Justiça conseguiu remarcar o jogo. Mesmo calçados, o Formosa acabou derrotado por 3 x 2.

Separados por 180km

Em 2014, o jogo Unaí/Paracatu x Brasiliense foi remarcado para Luziânia, pois a Federação Brasiliense de Futebol (FBF) alegou que o estádio do time do Entorno não tinha iluminação. Acontece que isso foi a apenas 26 horas da partida e o Unaí/Paracatu não foi informado. Resultado: a equipe mineira ficou em casa esperando o adversário, que entrou em campo em Luziânia.

Só gastou gasolina

Também em 2014 (que campeonato!), as semifinais do Candangão foram adiadas por problemas burocráticos. O problema é que o Luziânia não foi avisado e, por isso, viajou 81 quilômetros para Sobradinho, onde enfrentaria o time que leva o nome da cidade, mas a jornada foi em vão. Os jogadores chegaram a vestir o uniforme, mas não houve partida, claro, já que o jogo foi adiado.