FUTEBOL BRASILIENSE

Após o fim do Candangão, jogadores reclamam de salários atrasados

Os árbitros do Distrito Federal passam por situação semelhante. Até o início deste mês, eles ainda não haviam recebido os pagamentos

postado em 16/08/2017 09:47 / atualizado em 16/08/2017 10:03

Ceilândia E.C/Divulgação
O Campeonato Candango de 2017 insiste em não acabar. Oficialmente, terminou em maio, mas dívidas de clubes como Gama e Ceilândia com os jogadores e comissão técnica se arrastam. Quase quatro meses depois do último jogo do Gama pelo torneio, o time ainda deve pagamentos. Weber Magalhães, presidente do clube, reconhece os débitos, culpa a saída prematura da competição e afirma que o pagamento está sendo feito em parcelas. O mandatário do Ceilândia, Ari de Almeida, não atendeu a reportagem para explicar a equação para quitar os débitos.

A insatisfação é maior no Gama. “Para mim, falta pagar fevereiro, março e dias trabalhados de abril. Falaram que iam pagar parcelado. Mas esse mês já não pagaram. Estou no aguardo”, conta um integrante da comissão que não quis se identificar. “Ficou acertado que eles pagariam o que estava atrasado, que era o mês de março e dias trabalhados de abril, em três parcelas. Em maio, junho e julho. No primeiro mês, eles atrasaram”, revela um atleta que disputou o Candangão pela equipe.

O presidente Weber Magalhães se defende. “Ainda não pagamos uma folha e meia de salários. Mais dois meses e a gente zera isso aí. Algumas pendências acabam agora, mas os que têm o salário maior vamos demorar um pouco mais para quitar. Mas estamos pagando e dando satisfação aos atletas”.

Segundo Weber, a eliminação da equipe nas quartas de final do Candangão atrapalhou o planejamento do clube. Além disso, a briga entre torcedores do time e do Brasiliense, no Bezerrão, em jogo válido pela fase de classificação do Candangão acarretou na perda de um patrocinador da equipe alviverde.

Ceilândia

Vice-campeão candango, o Gato também enfrenta problemas para pagar os atletas. Seriam dois meses de salários atrasados, mas o tempo é maior em alguns casos. Diferentemente do Gama, que jogou partidas oficiais desde 16 de maio, o Ceilândia teve calendário até 28 de julho. O time disputou a Série D do Campeonato Brasileiro até a terceira fase, quando foi eliminado pelo América-RN.

“Essa questão de salário é complicada. Está atrasado, mas eles falaram que vão pagar”, comenta outro atleta do Gato Preto. O Correio entrou em contato com o presidente do Ceilândia, Ari de Almeida, para ouvi-lo sobre os atrasos relatados pelos atletas, mas ele não atendeu nem retornou as ligações até a publicação desta reportagem.

Apito

Os árbitros do Distrito Federal passam por situação semelhante. Até o início deste mês, eles ainda não haviam recebido os pagamentos referente a 66 jogos do Campeonato Candango 2017. A dívida da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) passaria de R$ 128 mil. O débito contraria o Estatuto do Torcedor, lei federal que prevê o pagamento aos profissionais da arbitragem antes das partidas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do DF (SAF-DF), Raimundo Lopo, faltam os pagamentos de duas rodadas do Candangão 2017. “A Federação pagou a segunda divisão do Candangão, do Campeonato Feminino e do Juniores, referentes a 2016. A segunda divisão deste ano foi paga antes dos jogos”.

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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