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Joseph Blatter renuncia a cargo no COI

Suíço deixará Comitê Olímpico ao fim do mandato na Fifa, em fevereiro de 2016

postado em 03/08/2015 09:19 / atualizado em 03/08/2015 09:24

AFP

Após 16 anos, Joseph Blatter deixará de ser membro do Comitê Olímpico Internacional assim que abandonar o cargo de presidente da Fifa, o que deve acontecer com as eleições marcadas para fevereiro de 2016. Nesta segunda-feira, o presidente do COI, Thomas Bach, agradeceu à contribuição de Blatter para a consolidação dos esportes olímpicos.

No mais alto posto da Fifa desde 1998, Blatter assumiu como membro efetivo do COI um ano depois, mas frente aos recentes desdobramentos do escândalo de corrupção deflagrado em maio, decidiu não exercer o quinto mandato, conquistado em eleição neste ano, e anunciar novas eleições. Resguardando-se de eventos públicos, o suíço não compareceu a 128ª reunião do COI que colocou Pequim como sede para as Olimpíadas de Inverno de 2022.

Bach justificou que, como Blatter deixará a Fifa em fevereiro, preferiu não disputar um novo mandato no movimento olímpico. “Blatter me enviou uma carta em 23 de julho indicando que seu mandato (de presidente da Fifa) acabaria em 26 de fevereiro. Por isso, renunciou-se a apresentar novamente ao COI. Agradeço por sua grande contribuição ao movimento olímpico”, declarou.

Após estudos, COI garante ‘tolerância zero’ se casos de doping forem confirmados


Aproveitando a reunião do comitê em Kuala Lampur, na Malásia, Bach afirmou que o COI será extremamente rigoroso com casos de dopagem em meio às competições. Recentemente, o jornal Sunday Times e a emissora alemã ARD divulgaram um estudo que mostra que quase um terço dos medalhistas em Olimpíadas e Mundiais entre 2001 e 2012 teriam resultados suspeitos.

Uma pesquisa foi feita a partir de 12 mil mostras de sangue sob domínio da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e, 800 dos 5 mil atletas avaliados tiveram resultados dos exames de sangue com valores suspeitos.

“Se aconteceram casos que afetaram os resultados dos Jogos Olímpicos, o COI aplicaria o princípio de tolerância zero. Mas, no momento, existem apenas acusações e temos que respeitar a presunção da inocência”, disse o presidente do COI às agências de notícia.

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